26 de julho de 2024
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O meu voto!

Mais um ano, mais eleições, mais um voto. Para muitos patrícios, parece besteira. Mas, não é. Não é mesmo. Muitos povos em muitos países não possuem este direito, sagrado mesmo. E, no nosso Brasil, este direito é imposto. E, na verdade, agradeço aos Céus por esta obrigação. Parece brincadeira que um poder tão grande nos seja oferecido como um imposto. Pena que muitos não acreditem nisso. Eu vejo esta oportunidade como o maior marco de uma Democracia: o poder de escolher nossos governantes! Já pensou se você pudesse escolher seu Chefes, Supervisores, CEO, Comandantes etc? Bem, aí não daria certo. Seria um mundo muito monótono. Dia desses, no elevador, um moleque disse a outro a seguinte, na minha opinião, “pérola”: bem que podíamos escolher nossos pais! Pensei a vida para apresentar argumentos ao guri sobre a asneira que ele falou. Mas, essa geração atual não me entenderia e preferi economizar meu tempo. Deixa que a vida o ensina, de um jeito ou de outro. Enfim! Mas, voltando ao foco do artigo, vamos navegar na História do Brasil e, pasmem, sempre, sempre mesmo, nós, os brasileiros, podemos votar. Claro que este “sempre” é a partir do Império, no contexto da nossa liberdade do jugo lusitano. Antes, no Brasil Colônia, havia eleições, mas apenas para determinados escolhidos: os “homens bons”. Esses eram os portugueses de linhagem nobre, católicos e que possuíam posses. Naquelas eleições, os homens bons votantes escolhiam eleitores entre eles, e esses eleitores indicavam alguns nomes para o cargo. Ao final desse processo, os nomes indicados eram eleitos, por sorteio. Daí, com o advento da nossa Independência, vivemos sob a égide da Constituição de 1824, a qual limitava os votantes a partir de determinado limite de idade, ser livre e possuir certa quantidade mínima de posses. Ou seja, não era universal e muito excludente. Décadas depois, veio a República. E com ela vivemos a Constituição de 1891, que, sobre votos, dizia que homens maiores de 21 anos votassem, mas excluía os analfabetos, os soldados de baixa patente, mendigos e religiosos com voto de obediência. Também excludente. A vida seguiu e entramos no Século XX, em cujo início, nos anos 30, a História nos brindou com a Era Vargas e o Estado Novo, com uma Ditadura que nos bloqueou o acesso ao voto, pouco tempo após a promulgação da Constituição de 1934, a qual liberava o acesso ao voto para as mulheres, que, até então, não podiam votar. Interessante é que algumas mídias televisivas, alguns artistas e alguns “especialistas”, não falam desse período da nossa História. Em 1937, o Brasil recebe nova Constituição, outorgada, e na qual estava prescrito o voto obrigatório, indireto para Presidente. Lembrando que promulgada é apresentada pelos nossos representantes e outorgada é imposta pelo governante. Após a II Guerra Mundial, a Constituição de 1946 foi mais liberal, mas excluía os analfabetos. Em 1967, tivemos a quarta Carta Magna brasileira e a terceira do período republicano, que impunha o voto indireto para Presidente, Governador e Prefeito. Mas, os nossos representantes, Deputados e Senadores, eram eleitos pelo povo. E eles elegiam os chefes do Executivo nas três esferas do Poder. E, hoje, estamos na égide da Constituição de 1988, que universalizou o voto. Pois bem, o nosso Brasil não chegou até aqui em um mar de rosas. Muito sangue foi derramado na nossa História. Este ano, vou exercer o meu Poder Máximo de votar no                meu candidato a Presidente da República. Não vou abrir mão desse Poder! Ele vai ganhar ou não? Não é essa a questão! A questão é eu mesmo valorizar o Poder que eu tenho. E, também, votar nos demais candidatos dos outros cargos eletivos.  Ah, o Fundo para apoiar os Partidos é bilionário e com o dinheiro dos meus impostos suados! Sim, eu também não gosto disso. Mas, pelo menos, sabemos que existe e é até legalizado. Mesmo assim, não existe força no Universo que me abrigue a concordar. Tenho que aceitar, mas não concordo. E, para evitar mais dissabores desses, vou votar, sim. Eles precisam do meu voto. E eu preciso de bons políticos. E a você, leitor, uma sugestão: não permita que outros votem por você. Não abra mão do Poder do voto! Do seu Poder!

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