10 de dezembro de 2024

O descompromisso organizacional

Nossas necessidades, no geral, são provenientes de momentos de difícil solução. O individualismo, o compromisso com o próprio ego, o sucesso e insucesso, as promessas não cumpridas, as reclamações constantes, o profissionalismo e a falta dele nos direciona para situação não muito fácil de ser resolvida, mas não impossível. É importante voltarmos a pensar em fatos e coisas boas em todas nossas ações, senão será e continuará sendo uma grande carga pesada encontrar o equilíbrio necessário para sermos bons profissionais. O compromisso com aquilo que fazemos e prometemos é a grande diferença pessoal e profissional. Porém, a realidade atual demonstra uma ausência de compromisso caracterizando um “descompromisso” real no processo organizacional em todos os sentidos.

O individualismo exagerado é o compromisso com o próprio ego. Assim, verifica-se nas organizações profissionais (líderes e liderados) e pessoas voltadas para si, esquecendo de criar situações coletivas. Não se beneficiam todos e não se transforma as pessoas em grupos e os grupos em equipe. Desta forma a dificuldade aumenta exponencialmente e o insucesso é uma verdade palpável e observada de modo transparente. Mesmo assim, quando atravessamos uma fase de individualismo grave, não percebemos o mal que podemos causar em todos inclusive em nós próprios. 

A forma de lidar com pessoas é um diferencial no mundo do trabalho na atualidade. Mesmo assim, encontramos empresas que as reclamações sobre o mau gerenciamento de pessoas são constantes. O pior acontece quando percebemos e não fazemos absolutamente nada e esperamos a ação de outros para resolver algum problema, todavia eles, também, estão no estágio de individualismo exagerado. Vale destacar que informo aqui as ações exageradas, pois todo trabalho isento de equilíbrio no seu processo tende a não profissionalizar os envolvidos ocasionando problemas de alta grandeza no tocante à busca de rentabilidade e lucratividade.

Promessas estão sendo feitas sem o compromisso de realização integral. Vejo a falta de compromisso inclusive na parcela dos profissionais que buscam uma recolocação, incluindo aqui empregados e desempregados, que prometem participar de entrevistas em locais e horários devidamente acertados antecipadamente e simplesmente quando não comparecem, chegam atrasados tentando justificar o atraso culpado outros ou mesmo fingem terem chegado pontualmente. Líderes e recrutadores que fazem candidatos ansiosos esperarem por horas para fazerem processos de seleção que, muitas vezes, ainda arrumam um pretexto de que isso faz parte do processo e não assumem a falta do planejamento estratégico devido para um momento tão importante para o sucesso organizacional.

Certamente, muito precisamos melhorar para chegarmos ao ideal do relacionamento entre pessoas e empresas. Precisamos nos conscientizar de que o individualismo exagerado sempre nos levará a prejuízos incalculáveis e a falta de compromisso passa a ser uma consequência palpável destes atos. Quando a falta de compromisso existe todos perdem, as reclamações são constantes, estaremos convivendo diariamente com profissionais medíocres cheios de necessidades utópicas e realizando atos de promessas que dificilmente cumpriremos e sempre conseguiremos de modo extraordinário culpar alguém pelos nossos fracassos, mas podemos resolver a falta compromisso agindo e pensando como equipe, preocupado com o sucesso nosso e de todos, descaracterizando definitivamente o individualismo como bandeira para defendermos. Desta forma, as reclamações excessivas cessarão, teremos grandes profissionais trabalhando e buscando o melhor, com as necessidades reais existentes e acima de tudo cumprindo o que prometem e curtindo o que fazem. 

Vamos refletir sobre isto?

Flávio Guimarães

É Mestre em Engenharia de Processos pela UFPA, Diretor da Guimarães Consultoria e Treinamento Empresarial Ltda., Administrador de Empresas, Especialista em Empresas Públicas e Privadas, Pós Graduado em Gestão Estratégica de Negócios, Consultor Empresarial, Pós Graduado MBA Gestão e Docência do Ensino Superior, Professor Universitário (Estácio Amazonas), articulista do Jornal do Commercio e da Amazon Play TV digital e Coordenador de MBA Executivo e dos Cursos de Logística, Qualidade e Recursos Humanos e do LPG – Laboratório de Práticas em Gestão da Faculdade Estácio do Amazonas.

Veja também

Pesquisar