26 de julho de 2024
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Modus vivendi x conto à causa mortis

Conta-se, a OMS designou como pandemia o vírus COVID-19. Mas, apesar de devidamente vacinado, o redator desta estação de escritos semanais tomou-se de intimidação uma vez que já passara por poucas e boas desde adolescente apavorado com pandemias variadas. 

Para conferir, urdiu a manobra contumaz quando busca lembranças antigas, já que não se prende a nenhum outro manejo conhecido. Passo fantasioso desde a meninice, mais uma vez imaginou visitar a Rocha da Eternidade citada nos Gibis como aquela mágica sala de embarque ao passado do Super-Homem.  E assim – veja só o horror – lembrou-se daquelas dolorosas pandemias que tanto o fizeram sofrer, seja por conta das altas febres palustres, calafrios mortais e horrendas aplicações de injeções com agulhas grossas pra dedéu, afora as lavagens intestinais. O chá de bico! Lembra?

Assim é que temos aqui as tais doenças tropicais – credo, que masoquismo, não ? – São elas: impaludismo; sarampo; catapora; papeira; verminose; gripes devastadoras; coqueluche; dengue; terçol; conjuntivite; e mijacão.

Farta a contaminação vigindo nas redondezas frequentadas em saltos e mergulhos por uma turma de moleques. Ali revelou-se as delícias de banhos em canais poluídos, apelidados de igarapés, cujos detritos – olha só! – eram colhidos das ruas circundantes Major Gabriel, Igarapé de Manaus, Lauro Cavalcante, Huascar de Figueiredo, Ipixuna (Buraco do Pinto), Dr. Alminio, Sete de Setembro e Primeira Ponte. Pasme-se, haviam os coletores dos esgotos das redondezas inclusive o que era mais marcante, o do Hospital da Beneficente Portuguesa, tudo isso despejando naquelas piscinas contaminadas- o igarapé de Manaus.

Não há como esquecer no entanto a desastrosa queda do alto da mangueira na busca de ir colher as saborosas mangas. Deu-se a perda de vários dentes, substituídos por pivots. Nem pensar quando dos festejados saltos acrobáticos partidos das grades da ponte. Havia a atentar para alguma embarcação saindo debaixo dos arcos e além disso algum submerso e peçonhento naco de um valente tolête dos que flutuavam por ali. Entende-se as doenças, não? Haja febre! Por isso que aqui se diz dos tantos desafios à Morte na forma de conto.

Conto do vigário! É de ver a última internação, no Hospital Check Up. Ainda que longe das doenças antigas, agora uma suspeita de coronavírus, não confirmada, temos restou ao lado perfeito tratamento, mais um conto à Morte ou um suculento cotoco oferecido a ela.

Assim trocadilhando ora conto que em vida neste conto onde conto o conto que tenho contado à Morte quando de sua iminente ameaça na minha direção – eu hem! vôte! cruzes! – como a seguir conto quando conto, iniciando pelos citados vultos deste tema, encimados, contando assim, de vez, desde que feitas todas as contas, ou honras das apresentações, quanto a mim bem necessárias, mas só não sei conto, digo quanto, ao paciente leitor. Então, licença, segue-se.

A Vida, sabe-se, é o espaço de tempo existencial que no caso de um organismo humano estende-se desde o nascimento ao sucumbir a uma causa mortis das tantas alcunhadas como nos moldes que se listará adiante. É, ademais, uma sucessão de reações que temos, sim, do que ela nos mostra. Trata-se de como reagimos a cada um dos momentos da nossa existência a ser colhido, podendo nos dar um panorama mais geral do significado da nossa vida, não é mesmo?

Nessa trilha, sustenta-se que é tudo aquilo que se pode ver, sentir, experimentar, agir, sofrer, chorar, rir, etc. E vida é assim principalmente o que se pode viver, não indonessa expressão nenhuma superfluidade, ou redundância, se nos permite o amigo que nos lê. Bem a calhar os sábios, tipo da estatura de um Leandro Karnal, que aconselham: “seja você mesmo sem culpas ou desculpas , apenas você por inteiro e até o fim. Você, nas horas boas e ruins, para correr em busca dos seus sonhos e encontrar a sua razão de viver. Seja você e seja tudo o que você quiser” 

Agora falemos da Megera que também atende como se anunciou acima: Morte, trata-se de entidade imaginária provinda da crendice popular representada em geral por horrendas figuras fúnebres voltadas para ceivar vidas. No seu ofício macabro atua também com outras tantas designações, olha só: abotoar o paletó; bater as botas; dizer adeus ao mundo; entregar a alma a Deus; entregar a alma ao Diabo; ir para a cidade dos pés juntos; espichar as canelas; ir comer grama pela raiz; passar desta para melhor; vestir o paletó de madeira; virar presunto; estar mais pra lá do que pra cá; dar o último suspiro. 

Pode parecer bravata, mas pouco importa; foram tantas as vezes os desafios dando-lhe um conto, sempre com um cotoco, como da última vez que foi narrado ter saído firme e forte do hospital, quando o decidido, feito o conto, digo feitas as contas é viver mais uns cem anos, e pronto! Se circular outra notícia em contrário, pode contar que é Fake News! (Fim).

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