26 de julho de 2024
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Metendo a colher

Tanto aqui, como lá, há muitos políticos demagogos falando sobre coisas da qual nada sabem. Ninguém duvida da inteligência e da capacidade de Joe Biden como líder do país mais influente do mundo. Porém a declaração de “arrecadar 20 bilhões de dólares para salvar a Amazônia” veio na contramão do que se espera de um político bem informado. Tamanha besteira é comparável a de um candidato a vereador do interior que promete mudar a lei de aposentadoria federal. 

Os americanos acreditam que possam resolver com dinheiro os problemas que só se resolvem com educação, ensinada diariamente aos habitantes de uma região, respeitadas sua cultura e tradição. Há muito que a população da Amazônia vem sendo massa de manobra de ONGs nem sempre sérias e de ecologistas criados em cativeiro. Há mais de 500 anos, espanhóis, portugueses, ingleses e mais alguns tentam “catequisar” nativos para seus serviços. A terra do Biden, provavelmente, foi a mais sangrenta e a menos ecológica de todas ao matar índios e búfalos como método de trazer o desenvolvimento às suas terras. Agora ameaça com sansões econômicas para quem não zelar pela preservação da Amazônia. É a velha prostituta ensinando virtude às jovens. Até mesmo a esquerda brasileira, visceralmente contra os EUA, gostou de ver um discurso onde o Brasil é “ameaçado”, como se o único prejudicado fosse o presidente brasileiro. 

De nada adianta intervir em lugares remotos com sua própria visão das coisas. Os EUA deveriam ter aprendido isso com o Vietnam, Afeganistão e outros lugares onde ensinaram corrupção aos nativos. Ao que consta, isso só deu certo na Europa e Japão no pós guerra. Deu tão certo que, os outrora beneficiados, atualmente financiam seu antigo benfeitor. Afirmam alguns que se Alemanha e Japão cobrassem seus haveres dos americanos estes cairiam num tombo mais espetacular que as árvores da Amazônia.  

Bla bla bla à parte, a Amazônia interessa não só pela floresta. Mas principalmente pelas riquezas do subsolo. Precisa ser preservada para existir como reserva estratégica para o resto do mundo. Este é o discurso dos “de fora”. Internamente queremos usufruir logo dessas riquezas. O modelo Zona Franca de Manaus que há 20 anos vem faturando a cada ano mais que os 20 bilhões “prometidos” por Biden. Este modelo ajuda mais na preservação da floresta que todos os discursos ecológicos juntos. O Polo Industrial de Manaus não é extrativista. Não que o extrativismo de centenas de bilhões de metros cúbicos de gás não deva ser feito. Nem as milhares de toneladas de ouro, petróleo, madeira, bauxita, manganês, nióbio e sei lá o que mais devam permanecer para sempre enterrados. Isso deve ser decidido pela nação brasileira e outros países que compõem a Amazônia.  

A Alemanha ameaça cortar os 150 milhões de euros que destina a alguma ONGs. Outros países nórdicos, idem. Aliás, se algumas pessoas sustentam ONGs que realizam trabalho comunitário que o façam voluntariamente. Mas, quando a verba é de um país, destinada a instituições privadas sem passar pelos canais competentes dá margem a várias interpretações nada elogiosas. Além do mais, são apenas alguns trocados que funcionam somente como um “cala boca”. 

A Amazônia poderia ser mais bem administrada? Claro. Tudo pode ser melhorado. Mas isso não dá o direito de ninguém vir nos dizer o que fazer muito menos como fazer. O governo brasileiro tem instituições caras que são pouco consideradas. Antes de darmos ouvidos aos palpiteiros de fora, vamos ouvir o que INPA, SIVAM e outros órgãos têm a nos dizer. 

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