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Idiossincrasia de instituições e competências sobre o uso e gestão das florestas

Nesta semana, do dia do Eng. Florestal, participei de evento em nível nacional que em linhas gerais buscou responder pelo menos uma questão central: quais as necessidades, os desafios, as inovações e as oportunidades para que se possa concretizar o uso sustentável, conservação das florestas e desenvolvimento social no Brasil. 

É razoável aceitar que os caminhos são função de realidades dos Estados, politicas institucionais, orçamento, equipe técnica, etc…, porém existe um ponto de convergência que deve ser considerado: instituições fortes e eixos comuns de competências e atuação, como parte da solução. 

Acredito enquanto não se deliberar uma agenda robusta e criar eixos comuns de atuação nessa pauta, independente do arranjo institucional, nas mesas de reuniões e debates estarão presentes os mesmos temas, ainda que com uma roupagem mais vanguarda, ainda serão os mesmos. Por exemplo, o estado do Amazonas, um herdeiro de um grande patrimônio ambiental e florestal, mas que apresenta uma postura tímida na agenda positiva produtiva, optando por fragmentar a agenda em diversas instituições levando a quase invisibilidade estratégica e de oportunidade. Isso é grave pois pela própria estrutura fragmentada, perpetua-se erros e descontinuidade em face de agendas próprias, e em alguns casos descabido de sua missão.

É importante ressaltar que uma característica básica da economia de florestas é a necessidade de visão de médio e longo prazo, logo uma política de Estado é determinante nas definições estratégicas para transformar o futuro do Amazonas em uma situação desejada e compatível com todas as suas potencialidades, somente assim oportunidades concretas serão fato no interior do Estado.  

Considerando estarmos no início de renovação de esperanças, contribuir para um melhor cenário para o estado do Amazonas deve ser um exercício, logo, compartilho alguns itens que entendo merecer atenção:

  1. Necessidade de diminuição de lacunas políticas entre desenvolvimento florestal e ciência, tecnologia e inovação, ou seja, atividade florestal não faz parte apenas uma agenda ambiental e/ou produtiva, necessita de evidências e experiências que permitam o seu aprimoramento;
  1. Diversificação como estímulo a bioeconomia florestal e associados (REDD+, etc…), alinhada a um sistema de informações robusto, que permitam planejamento e modelos apropriados e compatíveis as característica da economia de florestas;
  1. Absoluta necessidade de definição de protagonista da agenda florestal no estado do Amazonas, a fragmentação tem promovido confusão e distorções quanto ao cenário futuro, considerando que potencializa-se conservação e preservação florestal alinhadas a destinação de  áreas para estes fins, logo, a visão precisa ser transversal e complementar, e não colocada em doses pontuais em instituições distintas;

A questão florestal tem suas peculiaridades, e não tenho nenhuma pretensão em esgotar esse assunto ou muito menos afirmar que os pontos acima representam a solução concreta a todos os desafios postos hoje, a intenção é apresentar uma visão resumida inspirada em diversos momentos e compartilhada com lideranças, pesquisadores e empresários do setor florestal do Amazonas.

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