26 de julho de 2024
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Gratidão não prescreve, nunca

Entre tantos compartilhamentos carinhosos de boas festas, uma frase, dita espontaneamente, me soou necessária para ressaltar e refletir no último artigo de 2021: “gratidão não prescreve, nunca”. 

Há várias formas de agradecer, todas, sem prazo de validade…

Meu primeiro agradecimento devo ao Jornal do Commercio que me acolhe como articulista pelo segundo ano, o desafiante ‘2021’. 

Antes da opinião especialista, busco, a cada artigo, propor o debate, aberto a mim pelo mais importante e histórico espaço jornalístico da economia amazonense, sobre as múltiplas verdades da Amazônia plural. 

Mesmo vivendo aqui há quase 28 anos (cheguei em fevereiro de 1994), a diversidade natural amazônica que nos abriga, parece a constelação no meu campo de visão noturna: finita pelo infinito, incomensurável… 

Se ainda pouco conhecemos nosso território, o tradicional Periódico, em seu conceito principal, indica tendências, fatos e relatos que nos aproximam da realidade construída na história de várias mãos, corações, culturas, multirraciais, multinacionais. Uma Amazônia que exige respeito, compromisso e se retrata na fala, na tipografia dos olhares, opiniões e desejos.

É tempo de comemorar mais um aniversário do Jornal do Commercio, dia 2 de janeiro. O incansável carinho e acolhimento ao meu trabalho quero compartilhar agradecendo a revisão primorosa feita pelos jornalistas Marcus Stoyanovith e Roque Reis. A jornada vitoriosa de 2021 também devo a cumplicidade profissional destes amigos irmãos.

A você, caro Leitor, devo gratidão. Sua mensagem, cada réplica, elogio, crítica, compartilhamento, representam a razão dos artigos e do Jornal: o debate sem isenção, político, pela natureza do encontro e do meio, fazer pensar, pelo fim. 

Considero que verdades são construídas pela análise, memória e experiência de uma história, que, impressa desde 1904, a cada ano exige inovação, renovação e moral ilibadas.

É muito bom e gratificante contribuir e integrar esta parte recente da história. E, por tudo isso, compartilho neste ritual de nascimento do ano que chega, 2022, o sentido de pertencimento que se renova. 

Descreve Daniel Munduruku que “ritos são marcações no tempo e servem para nos lembrar que estamos apenas de passagem, e, ainda que a gente tenha referências que nos inspirem, o caminho que fazemos é sempre solitário… a experiência de estar vivo é sempre única”.

Se 2021 exigiu determinação pessoal, mas, consciência e solidariedade coletivas, 2022 sobreviveu e nasce sagrado, como qualquer criança, sagrada, pela natureza da criação.

O escritor Munduruku nos ressalta, em sua mensagem natalina, que “somos filhos de uma história que nos foi contada muitas vezes… Somos sagrados quando a criança permanece dentro de nós, e nos tornamos capazes de captar o mistério que circula nosso mundo”.

O renovo permitirá escolhas boas, ou novas, utopias, sonhos, esperanças, desejos. Sejamos protagonistas de nossos destinos, construindo uma mensagem de humanidade necessária.

Nas folhas e artigos que serão escritos possamos reviver a vida, plena da alegria e ousadia. E exaltar a confiança nas pessoas, projetos, instituições e nas verdades, cansados que estamos dos discursos, seus egos e mentiras.

Não há tempo de se olvidar, o tempo é de agradecer, gesto que não vem com prazo de validade. Pois, gratidão é a expressão do ‘mistério que circula nosso mundo’, o Amor. 

Gratidão não precisa de adjetivos nem complementos. 

Gratidão sempre.

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