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É imoral ter uma floresta que vale R$ 1,5 trilhão com 60% da população com fome no AM

A manchete do Jornal A CRÍTICA do dia 12 de maio confirma a injustiça com o nosso guardião da floresta. Não é vergonhoso ter esses R$ 1,5 trilhão de patrimônio pela Floresta em Pé em nossas mãos, há décadas, e só aumentar o índice de pobreza, de famintos no Amazonas? É imoral! Os doutores em ambiente e clima do Amazonas, Brasil e do mundo, inclusive orientadores, conselheiros de importantes autoridades, já sabem disso faz muito, muito, muito, muito tempo. E o que fizeram nessas décadas? Não é vergonhoso e desumano ter esses R$ 1,5 trilhão de Floresta em Pé nas mãos e pagar por quase 15 anos um programa chamado de Bolsa Floresta de apenas R$ 50? Eu chamo de Bolsa Miséria, por razões óbvias, ainda mais agora com essa confirmação de R$ 1,5 trilhão de potencial de geração de renda, e por ano. Não é vergonhoso e desumano com a nossa gente ter esses R$ 1,5 trilhão POR ANO e nossa pobreza já está quase chegando a 60% da população sem ter o que comer todos os dias? Não é vergonhoso e desumano com a nossa gente ter esses R$ 1,5 trilhão POR ANO e não ter feito nessas décadas o Pronaf Agroecológico, o Pronaf Floresta no Amazonas? Não é vergonhoso e desumano com a nossa gente ter esses R$ 1,5 trilhão POR ANO e não ter feito o REDD+ chegar no bolso do guardião da floresta? Só discursos, promessas e captação de recursos. Não é vergonhoso e desumano com a nossa gente ter esses R$ 1,5 trilhão POR ANO e não ter feito o tão falado CRÉDITO DE CARBONO ter chegado no bolso do guardião da floresta? Só discursos, promessas e captação de recursos. Não é vergonhoso e desumano com a nossa gente ter esses R$ 1,5 trilhão POR ANO e não ter feito uma Concessão Florestal no Amazonas? Só discursos, promessas e captação de recursos. Não é vergonhoso e desumano com a nossa gente ter esses R$ 1,5 trilhão POR ANO e não ter feito o Zoneamento Ecológico Econômico que é base para a concessão florestal e outras políticas? Não é vergonhoso e desumano com a nossa gente ter esses R$ 1,5 trilhão POR ANO e não termos finalizado a Regularização Fundiária? O que fizeram os doutores do ambiente e do clima do governo e de ONGs com esse patrimônio na mão em prol do guardião da floresta todas essas décadas? Estamos vendo a confirmação valiosa da nossa floresta, então, o que foi feito com os recursos que recebemos para melhorar a vida de quem toma conta desse cofre de R$ 1,5 trilhão por ano? O problema não está na captação dos recursos internacionais como vem fazendo o atual governo e os do passado, o problema está na forma de aplicação desses recursos que não chegaram e nem vão chegar onde queremos se não mudar o formato dessa aplicação e os atores envolvidos nesse assunto desde 2003. Só não enxerga quem realmente não quer ver. O MPF já identificou as irregularidades, já se sabe onde está o nó. E pior é que não vejo sinais de mudança nesse formato, e os envolvidos com esse patrimônio nas últimas duas décadas não querem mudança em nada, não querem desatar esse nó. Nessa matéria, o Carlos Felipe Jaramillo, vice-presidente do Banco Mundial para a América Latina e o Caribe afirma que é preciso ter foco na produtividade e que questões importantes eram ignoradas como a possibilidade para a Amazônia da atividade rural que vão melhorar a vida das pessoas, mais postos de trabalho para as comunidades com sustentabilidade.

Diria ao vice-presidente do Banco Mundial, que quem visita a Embrapa já sabe disse faz muito tempo, já sabemos que já tem tecnologia suficiente para esse convívio ambiente, produção e renda. O ILPF (Integração Lavoura Pecuária e Floresta) é prova disso. Contudo, os doutores, consultores e conselheiros nem sabem onde fica a Embrapa, eles acham que sabem tudo. Procurem na agenda de entradas e saídas da Embrapa quantas vezes eles foram até lá. Enquanto a Embrapa recebeu R$ 5 milhões de emendas para fazer, ONGs receberam mais de R$ 100 milhões. Um dia, espero eu, que esses números apareçam de forma bem transparente para separar o joio do trigo. Enquanto isso, hoje, Dia das Mães, várias delas não têm o que comer. É justo, tendo todo esse patrimônio? Tem que trocar os interlocutores, os doutores em ambiente e clima que vem atuando desde 2003, mudar os métodos de aplicação como disse o Banco Mundial, ou seguimos firme rumo aos 100% de pobreza. Só não enxerga quem não quer ver ou quem se beneficia das iniciativas que só aumentam a pobreza no Amazonas, hoje chegando a 60%.

16.05.2023Thomaz Antônio Perez da Silva Meirelles, servidor público federal aposentado, administrador, especialização na gestão da informação ao agronegócio. E-mail: [email protected]

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