26 de julho de 2024
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Da teoria do cansaço histórico (02)

Bosco Jackmonth* 

Figura no texto imediatamente anterior (01), lavrado nesta mesma estação de escritos semanais, que no dizer “lulista” ou “abcista” (apelido da região metalúrgica do ABC paulista) o término das guerras e conflitos outros, é de sabença mostrarem-se presentemente inclinados ao esgotamento por motivo de cansaço, tal como no movimento grevista, que alcança os contendores não poucas vezes, ainda que isso ausente de divulgação, até agora, a exemplo do que se obriga a articular no episódio beligerante Rússia x Ucrânia. A extraordinária culminância faz pensar em avatar de tudo o que sempre se teve em derredor, no lugar de uma mera vitória de um sobre o outro contendor, até então. Logo, é bem de ver que tanto mais do que produtos de metalurgia, na nomeada região emprega-se a conjuminar também passagens político culturais. Pra ver!

Se tivesse noção desse viés, o lendário autor Max Savelle, liderando uma equipe de Coordenadores da consagrada obra “História da Civilização Mundial”, bem que se deixaria fascinar pela superior inventiva. Grupo composto por notoriedades como o que vai logo a seguir, cujas celebridades bem dizem da consistência do saraus, assim: Irwin Abrams, William C.Bark, Charles Barker, Giovanni Costigan, Cyclone Covey, Mary E.Hardwicke, Eleonor Huzar, Marius Jansen, George H. Knoles, Albert J. Lynd, Franz Michael, David Roberts, C.Easton Rothwell, Merrill T.B.Spaulding, Hellmut Wilhelm, Herbert J.Wood, e Gordon Wright. Pelo visto, são notabilidades que, no entanto, restaram acanhadas diante do grupo de petistas que lograram haurir o notável rumo citado linhas acima. Heureca! 

Enquanto isso a referida obra lastreou-se a dar o curso de sempre no desenrolar dos conflitos bélicos, muitos que o são como se verá, ou seja a dominação final, dispensado o fenômeno do festejado cansaço, que passou à ordem do dia. Assim sendo, toca a narrar o efusivo ambiente da espécie, bem numeroso, pois não. O assunto, já se adiantou, é extenso sugerindo mesmo a presença do cansaço, mas sem a finalidade agora corrente.

Comecemos. Já se disse do assassinato do casal Francisco Ferdinando, perpetrado pelo atirador treinado e equipados na Sérvia pela facção “Mão Dupla”, ativista já citada, supondo-se que tivesse obtido certa ajuda semi-oficial, para cruzar a fronteira. É que os austríacos estavam decididos a dar uma lição aos servos e o governo alemão prometera incondicional apoio a quaisquer medidas que a Áustria pudesse tomar.

Os dissabores vinham de longe, encobertos interesses econômicos e independência nacional, envolvendo inúmeras nações, daí porque o passo seguinte era a guerra, como se abordará. No caso, dando assim os alemães aos austríacos um inconfundível “cheque em branco”, mesmo corressem conscientemente um risco e tanto. Embora não estivessem procurando um pretexto para uma guerra geral na Europa, mas sabiam que suas ações poderiam terminar em tal guerra. Assim é que um ataque à Sérvia poderia trazer a Rússia a ajudar a Sérvia, e um ataque à Sérvia e talvez também a França. Apostavam, porém, que os ingleses ficariam fora do conflito, deixando o poderoso exército alemão em liberdade para abater primeiro os franceses e em seguida os russos, segundo planos estratégicos bem elaborados. (Continua).

                                                                                       —

Adv,(OAB/AM 436).Ex-func.B.Br.Mao e Rio. Aqui desig.Fisc.Bcos.Curs.Jorn.Dir. Contab. Orator.Lec.História, e outros. Contac: [email protected]. Tel.991553480.

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