É muito bom ver a volta ativa do CMDRS de Manaus (Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural de Manaus). Assim deveria ser em todos os 62 municípios do estado. O CEDRS (Conselho Estadual) está bem ativo, e com a presença quase que constante com secretário Petrucio Magalhães nas reuniões, fato que não acontecia no passado. Os grupos de Whatsapp, de fato, ajudam a pautar importantes assuntos, e assim deve continuar, mas são nesses fóruns (sociedade e governo) que as demandas ficam, realmente, registrada em atas com nome e CPF do demandante.
Em síntese, nesses fóruns é que ganhamos um documento oficial (atas) mostrando que algumas pautas se renovam sem solução. Além dos CMDRS, temos o CEAPO (Orgânico e Agroecológico criado no governo Wilson Lima), CONEPA (Pesca), CEMAAM (Meio Ambiente), FÓRUM DE AGROTÓXICOS, FÓRUM DAS IG-s, CONSEA (Segurança Alimentar), CADAAM entre tantos outros. Meu maior aprendizado sobre o setor primário aconteceu nesses ambientes pela diversidade de atores e de demandas. Volto a repetir, todos ficam com registros em atas, portanto, não tem melhor documento para mostrar o tempo que uma determinada demanda foi atendida ou não.
Nesses ambientes acontece a maior proximidade das autoridades, em especial neste momento em que temos o titular sempre presente, fato, como disse anteriormente, que não acontecia no passado, pois o titular só abria a reunião e ia embora para não ouvir as demandas. Então, acho super importante continuar os debates educados e fundamentados nos grupos de whatsapp, mas nesses fóruns acima citados é que ganha caráter oficial. Dizer que não resolve, e que não adianta participar é justificativa de quem não quer realmente contribuir com a solução dos problemas. Temos de ter persistência, pois como diz o velho ditado “água mole em pedra dura tanto bate até que fura“.
E por isso conseguimos o Garantia Safra, uma SEPROR técnica, a volta da EXPOAGRO, a subvenção em dia, o ZARC, a inclusão de novos produtos na subvenção estadual, concurso público do IDAM e ADAF (aqui se deve ao Amazonino e Wilson), o lançamento de dois planos safra, área definida para novo parque de exposição Eurípedes Lins, programas de doação (devem existir, pois tem uma população passando fome que não é servidor público, nem empresário que tem remuneração todo mês) e a conclusão do asfaltamento da estrada que liga até Manacapuru/Novo Airão. Agora, também entendo que chegou a vez da estrada que liga até Itacoatiara, demanda de décadas. Da progressão salarial dos servidores da extinta EMATER (outra demanda de décadas que deve ter apoio da ALEAM).
De fato, tá na hora de “jogar pedra” nessa árvore, nessa “Compensa” sem agressão, sem pensar em eleição, sem pensar em quanto pior melhor, pois é uma árvore que vem dando atenção e bons frutos ao setor primário. Ninguém joga pedra em árvore que não dá fruto. Então, vamos aproveitar e cobrar, sabendo que nem todas as demandas serão atendidas, que erros sempre existirão, mas muitas já foram e outras ainda serão atendidas em apenas quatro anos. Outro exemplo de ação correta e de persistência, é o documento com pleitos entregue ao atual e todos os ex-governadores, elaborado pela FAEA, FETAGRI e OCB, durante as eleições, aos candidatos ao governo. Vários pleitos já foram atendidos, e outros não. Entre os não atendidos, que já vem desde 1999, é oacesso ao crédito rural travado no Amazonas por falta do ZEE, de regularização fundiária e agilidade no licenciamento ambiental. Além disso, alguns ajustes nos programas de comercialização, e indicações técnicas nas UL´s do IDAM.
Exemplo disso é que em RO foram aplicados 7 bilhões no crédito rural, e aqui somente 200 milhões em 2021. Foram aplicados 35 vezes mais crédito rural em Rondônia do que no Amazonas, Idem com PA e TO. Perdemos até do ACRE. Todo meu comentário se pauta no setor agropecuário local, nada sobre as ações em outros setores, pois não conheço o suficiente para comentar. Aliás, semana passada, completei 40 anos que entrei na CONAB, mas já estou quase cinco anos fora dessa grande empresa e de papel social, econômico e ambiental de importância ao Amazonas e Brasil, mas precisa de ajustes. v