Não sei, não… sei, sim! Pelo futebol, desde 1958, esse suposto rótulo acima, da verve de Nelson Rodrigues, esfumaçou-se nas dobras do tempo, eis que somos mesmo o país do futebol a partir de então, de modo que se não temos o mesmo renome em algumas outras disputas modais, muito disso se prende à falta de apoio de quem deveria considerar que a reputação esportiva eleva um país perante o concerto mundial. Falta investimento, mas antes disso falta mesmo patriotismo, pra se dizer apenas isso, já que o fiel leitor desta estação de escritos semanais bem sabe o que queremos proferir. Não?
Consultados os registros oficiais, resta que o programa Bolsa Atleta do extinto Ministério dos Esportes, registrou entre 2017 e 2021 o menor orçamento em comparação ao ciclo olímpico anterior, numa queda de 17%. Para as mulheres atletas, o cenário foi pior: 34,8% das garotas desistiram de seguir carreira em alguma modalidade esportiva por falta de incentivos, de acordo com uma pesquisa feita pelo Ministério dos Esportes.
Nesse cenário a especialista Katia Rublo explica que com o Governo de Jair Bolsonaro que extinguiu o Ministério do Esporte, há o temor do que está por vir, assim: “Me preocupa como chegaremos às Olimpíadas de Paris em 2024”. Talento, já sabemos que há de sobra, mas… Agora futebol, remarque-se. Pois é…somos Penta Campeões Mundiais consagrados em 1958; 1961; 1962; 1970; 1994; e 2002. Tetra nas copas das Confederações em 1977; 2005; 2009; 2013. E temos 8 títulos da copa América em 1919; 1922; 1949; 1989; 1997; 1999; 2004; e 2007. Mesmo agora nas olimpíadas alcançamos o ouro no futebol masculino! Tudo nato!
De outra ponta, tem-se em verdade da necessidade de buscar as potencialidades, como mais adiante se vai narrar alguns fatos. Pode-se, no entanto, desde já acreditar, sem exagero, que muitos atletas que seriam do remo, da canoagem, dos saltos acrobáticos, da natação, (haja imensidão de rios e lagos à perder de vista) e mesmo os comuns saltos corajosos com a maior naturalidade atirando-se de árvores altíssimas, quem sabe mais outras opções natas estão dispersas pelo nosso interior, presentes em todos os municípios.
Calha de lembrar adicionalmente agora dos moleques citadinos saltando artisticamente das grades das pontes da cidade, quer dizer a Primeira, a Segunda, a Terceira Ponte e outras sobrepostas nos igarapés, por sinal poluídos, causadores de doenças tropicais , o que já foi objeto de outro texto aqui mesmo nesse reduto redacional, recorde-se sob o título Modus Vivendi x Conto à Causa Mortis, muito disso porque não se atraía a molecada para práticas aquáticas sadias, inclusive este que vos escreve…
A propósito, em certa altura, pós-igarapés, este escriba praticou remo, no Clube Náutico Portugal, instituição já desativada juntamente com rivais, lembre-se o Clube do Remo e outros, um assunto que já mereceu comentário aqui mesmo nesta estação de escritos semanais.
Comentou-se aqui mesmo, de um forte destaque quanto a prática desse esporte, mas de forma desassistida a ponto do Iole, uma embarcação pesada e larga servir para as competições locais. Nem se compare com os que foram mostradas nas disputas das olimpíadas: Skiff, Sskiff duplo, Skiff quádruplo. Uma beleza visual e de flutuação! (Continua)