27 de julho de 2024
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Amazônia, salvação do planeta

Um dos maiores acontecimentos que marcaram os últimos 200 anos foi a Revolução Industrial, que criou novos e contundentes papéis para homens e mulheres. Estes, por conseguinte, determinaram nova proposta de progresso e desenvolvimento das cidades que acabou por definir nova ordem econômica: o capitalismo.  

É bem verdade que no início desta revolução, ainda não existia uma completa e necessária consciência ambiental, uma vez que os recursos naturais disponíveis ao homem sempre foram abundantes.  

Infelizmente, somente ao final do século XX é que, após alerta feito pela comunidade científica mundial e por ong’s de preservação ambiental, a sociedade se deu conta de que os bens que a natureza oferece à humanidade não são tão facilmente renovados. E que, se o progresso não vir acompanhado de um desenvolvimento sustentável, muito brevemente o mundo entrará num colapso. 

A questão preocupante do aquecimento global, provocado pelos gases emitidos pelas indústrias, foi o tema da Conferência de Kyoto, realizada no Japão, em 1997. O objetivo do evento era conter o acúmulo de CO na atmosfera, lutando pela redução do efeito estufa.  

Os desmatamentos e as queimadas também contribuem para o agravamento da situação. Hoje, os países em desenvolvimento contribuem com cerca de 18% das emissões. Só que, de acordo com os cientistas, em 30 anos esses países estarão emitindo a mesma quantidade de CO que os industrializados. 

Em 1993, o professor Luís Carlos Baldicero Molion, da Universidade Federal de Alagoas, publicou artigo na revista Imagens da Amazônia garantindo que, dos 6,7 bilhões de toneladas de carbono emitidos pelas atividades humanas, estimava-se que cerca de 3,3 bilhões acumulavam-se na atmosfera e o restante era absorvido pelos oceanos.  

Porém, uma equipe da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera (NOAA), dos Estados Unidos, constatou que os oceanos são responsáveis apenas pela absorção de 1,5 de toneladas que, somadas aos 3,3 bi acumulados na atmosfera, perfazem 4,8 bi de toneladas. Então, onde estariam os quase 2 bilhões de toneladas de carbono para fechar as contas?  

A explicação do professor brasileiro é que o carbono perdido está sendo absorvido pela fotossíntese das florestas temperadas – que agiriam apenas em parte do ano nessa tarefa de “sequestro de carbono” – e as florestas tropicais que, por serem bem supridas de água e luz solar, absorveriam CO o ano inteiro.  

Então, de alguns anos para cá, chegou-se à conclusão de que a Floresta Amazônica está “sequestrando” anualmente 250 milhões de toneladas de gás carbônico. De acordo com alguns economistas, se o ser humano tivesse de pagar pelo serviço que a natureza lhe presta gratuitamente, a dívida anual seria de U$ 141 por hectare de área verde.  

Sendo assim, só à Floresta Amazônica, a humanidade deve anualmente mais de U$ 35 bilhões. Essa é a dinâmica do “sequestro de carbono”, um processo simples, que existe desde o surgimento das florestas, mas que só a partir da Conferência de Kyoto vem sendo discutido abertamente entre a sociedade, os governos e a comunidade científica, que buscam uma solução para os problemas climáticos do mundo.     

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