2 de novembro de 2024

Amazonas – Possibilidades & Oportunidades – I

Acredito que valha ressaltar e repetir que se vive em tempos de incertezas! Oh incauto povo do Amazonas!, vigiai, pois espertalhões, ditos políticos soez, vulpinos chegarão para atacar!, 2022 está chegando! A sociedade assiste impotente a pesporrência dessa CPI da Vergonha Nacional e de dissídios!!! Voltemos ao nosso Tema, quando se trata de programas e projetos que objetivem o Desenvolvimento Econômico Regional e, apresentando o agente Governo como seu principal indutor, as Políticas Públicas de forma estanque, individualizadas, não são suficientes para impulsionar processos dinâmicos de interiorização ou regionalização do excedente econômico local, e muito menos ser um fator de sustentabilidade para determinadas regiões, como formas de induzir aumento de atividades produtivas locais. Contudo, o Governo pode ser aquele que constrói ações estruturantes, com Políticas de investimentos em infraestrutura, criando condições favoráveis ou plataformas que o capital privado precise para promover atividades econômicas, com suas externalidades positivas e competitividade, como redução de custos, facilidades em produção e efetividade em transporte (como se costuma dizer: escoamento da produção).

Assim, como sustentam os economistas pesquisadores do Clube de Economia da Amazônia (CEA) as ações e processos voltados ao Desenvolvimento Regional nas regiões locais induzidas devem envolver outros agentes econômicos além do Governo, investidores nas atividades econômicas, as comunidades locais e associações da sociedade civil. O Estado do Amazonas, como todos sabem, após o término do Ciclo da Borracha no primeiro quartil do século XX, sua economia mergulhou na estagnação econômica total, sobrevivendo de algum extrativismo primário predatório e de coletas remanescentes daquela época. Na década dos anos 60’, após a implementação do projeto Zona Franca de Manaus (ZFM), concatenado pelo  Governo Militar de então, fazendo viger a ideia de uma força motriz, a qual preconizava a forma de um Polo de Crescimento na região central da Amazônia, como modalidade de ocupação regional local, em primeira instância a Indústria, em segunda pelo comércio de produtos externos, em terceira a agricultura, os quais poderiam suscitar efeitos positivos nessa região receptora.

Tais ações indutoras resultaram nesse Polo Motriz Industrial que se tem atualmente – Polo Industrial de Manaus (PIM), no qual se agregam todas as Possibilidades & Oportunidades de atração de investimentos produtivos diretos externos e nacionais. Sem embargo de outras análises, a introdução da atividade econômica motriz, sustentada sobremaneira, por força externa – exógena – instalada na região, desencadeando processo de Desenvolvimento Econômico Regional, pode ser classificado como “centro-abaixo”, a qual deu suporte à Política Econômica vigente à época. Entretanto, o pessoal do CEA, indica que o Amazonas possue fatores que podem levar sua Economia ao Desenvolvimento Econômico Regional, a partir de uma perspectiva endógena, isto é, dando ênfase nos fatores internos (endógenos) à região, os Recursos Naturais regionais (óleos e extratos vegetais e animal, ictiologia, Indústria do Turismo, minerais, indústria de alimentos, fruticultura, fármacos e fitocosméticos, etc)  capazes de transformar um impulso externo de crescimento econômico em Desenvolvimento para toda sociedade amazonense.

Em tempos de mudanças, pós pandemia da COVID-19, há olhos vistos, que os mercados se alteram, há fortes demandas por commodities alimentícias de grandes produtores como o Brasil, há forças crescentes de preços, novas estratégias na produção inovativa, com baixo intensidade de mão de obra, novas estruturas organizacionais e de marketing, em busca de maior competitividade. Assim, nessa atualidade, requer das atividades econômicas regionais algo a mais que produção regional endógena, de origem amazônica, se busca o reconhecimento de forma competitiva favorável de uma indústria, que enfrenta a competição externa, visando estabelecer uma posição lucrativa e sustentável contra as forças que determinam essa concorrência, isto é, os produtos oriundos das atividades econômicas regionais devem buscar uma cadeia de valores globais. Também, o agente Governo estadual deve configurar suas ações na participação da sociedade amazonense no Planejamento Econômico Estratégico na ocupação dos espaços regionais e nos resultados dos processos de crescimento econômico, pois toda ação deve ser encarada como um complexo processo de transformação socioeconômico da sociedade, principalmente aquela do interior do Estado. O tempo Urge! Governo!

Nilson Pimentel

Economista, Engenheiro, Administrador, Mestre em Economia, Doutor em Economia, Pesquisador, Consultor Empresarial e Professor Universitário: [email protected]

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