Neste fatídico ano de 2020, com a pandemia da COVID-19, muito pouco a grande mídia tem focado na questão da pobreza, acelerada por todos mecanismos de controle social, paralização das atividades econômicas (produtivas, comerciais e de serviços), quarentena social.
Por outro lado, as pessoas não se tem chocado mais com a realidade que se vive, como a extrema pobreza, pois não parece que afeta suas vidas, mas, não é a realidade que os cerca. E, para piorar a situação, a grande mídia e os opositores ao Governo Federal preferem dedicar tempo desnecessário a noticiários sobre a politização da pandemia e variantes afins (vacinas, etc) e à luta divisória entre gêneros e aspecto étnicos.
E sobre o aumento da pobreza, nada!!! Como economista desenvolvimentista que sempre atuou na área em prol do desenvolvimento Econômico Regional do Amazonas, nossas observações se pautaram em proposições que tivessem foco no homem em sociedade, que alcançasse melhorias em seu modus vivendi, quer na capital quanto nos municípios amazonenses.
Portanto, o acesso do homem aos bens e serviços postos à satisfação de suas necessidades básicas sempre estão no radar de nossas observações e como pesquisador do Clube de Economia da Amazônia – CEA podemos distinguir que nem sempre esse homem apresenta condicionantes a esse acesso ou são ofertados por políticas públicas por parte do agente Governo, tais como: educação, moradia digna, saneamento, saúde, lazer e para completar tudo, vem o trabalho ou o emprego, origem da renda e as transferências assistencialista.
Se antes da pandemia a situação socioeconômica das populações interioranas municipais estava em precariedade e a economia dos Municípios em estagnação, atualmente em plena pandemia, a vida, piorou em suas condições gerais economicamente e em alto risco social.
Somente para indicativos preocupantes com as condições de vida dos homens no mundo, segundo Relatório do Banco Mundial (19/11/2020) “Até 2021, 150 milhões de pessoas devem cair na extrema pobreza devido à Covid-19, recessão, conflitos e mudanças climáticas, segundo novo estudo, economias de médio rendimento terão 82% dos novos pobres do mundo”. De fato, neste ano de 2020, muito preocupante se torna o aumento da taxa de desemprego devido à crise econômica causada por COVID-19, sendo que os estudos do Banco Mundial apontam que 5,4 milhões de brasileiros pode ser arrastados à extrema pobreza, devido a pandemia.
No Amazonas, de acordo com levantamento do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, “a pobreza atinge, atualmente, mais de 1,8 milhão de pessoas que estão classificados na linha de pobreza”. “O índice representa 47,9% da população amazonense.
Os dados divulgados (5/12) apontam ainda que a quantidade de pessoas na extrema pobreza aumentou de 13,8% para 14,4% entre 2016 e 2017, exatamente no governo Michel Temer”. Também, o próprio Banco Mundial, em sua última definição (2018), estabeleceu uma métrica para analisar a pobreza em escala mundial, considerando em situação de pobreza, aquela pessoa com renda per capita de até U$ 5,5 por dia e em extrema pobreza aquela pessoa com renda per capita inferior a U$ 1,90 por dia.
Conforme noticiário em 13/10/2020, UOL-Notícias “a maioria dos manauaras vive em favelas, mora em casas com mais de 3 pessoas, circula em transporte público, precários, lotados e depende de trabalhos informais para sobreviver. Próximo a 10% dos domicílios não tem água encanada, e como outras capitais brasileiras essa parcela menos favorecida da população não teve opção de seguir a vida como era possível, apesar da pandemia. A desigualdade social aumentando, novamente, e assim a pobreza também. É salutar que Governo estadual e Prefeito de Manaus, equacionem políticas públicas objetivando atender esse contingente de amazonenses que foram arrastados à pobreza e a extrema pobreza causada pela COVID-19. A HORA URGE!!