27 de julho de 2024
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A economia brasileira pós-pandemia

Temos orgulho de sermos Economistas!!! Salve 13 de agosto, Dia do Economista!!! Para tanto, nunca nos eximimos de contribuir com o Amazonas e com o Brasil, com nossos conhecimentos e competência nos processos de Desenvolvimento Econômico Regional.

Muito se tem discutido no Brasil questões sobre economia e sociedade, como se fosse um dilema oficial!!! Principalmente por leigos em senso comum, dentro de tantos assuntos que permeiam a sociedade em processo de confronto divisionista que nada acrescenta para o desenvolvimento econômico o país. Para nós economistas-pesquisadores do Clube de Economia da Amazônia (CEA), esse é um falso dilema para o stablishment, pois não existe conflito entre a economia e as pessoas que compõe a sociedade.

São vetores de um só sistema, não existe sistema econômico sem as pessoas, eles são intrínsecos, não se pode separar a esfera política-sociológica da esfera econômica, fazendo com que o debate social seja mantido entre uma concepção de mundo orientada para ideais democráticos-ideológicas e outra que reivindica a prioridade absoluta das questões econômicas. Polaridade inócua, pois a democracia e o direito a vida e a saúde não são obstáculos para um bom desenvolvimento econômico.

No entanto, observando mais de perto, se percebe que essa suposta contradição importa na necessidade econômica de lucro, de emprego e renda e a importância de assegurar a saúde das pessoas com anseios por uma organização democrática da sociedade. Como se pode constatar, segundo os pesquisadores do CEA, as sociedades modernas criaram riquezas materiais como nunca se tinha experimentado, mas o empobrecimento cresce e se continua colocando em riscos a própria vida humana e as demais vidas sob a terra, diante dos efeitos ambientais gerados pela lógica de seu desenvolvimento econômico, é como se apresenta esse paradoxo.

Para os pesquisadores econômicos do CEA, nessa pandemia se agrava mais as insustentáveis ocorrências e os possíveis equacionamentos com que se relacionam o desenvolvimento econômico com a sociedade. Vejam como fato, no início de 2020, quando o novo coronavírus ainda parecia ser apenas uma ameaça distante e com pouca repercussão no mercado, os investidores estavam otimistas com a economia do Brasil.

Entretanto, no primeiro trimestre, a pandemia chegou derrubando as projeções para o PIB (Produto Interno Bruto) mundial – incluindo para a economia do Brasil. E a crise se instalou e foi totalmente politizada. O que se tem visto, no decorrer desse semestre de pandemia, o principal alerta tem sido com as curvas de contaminação e óbitos.

O temor é de que relaxar a quarentena nesta altura em que o Brasil ainda não teve uma queda na curvas de mortes diárias, como tem ocorrido em vários estados, pode elevar as contaminações e prolongar a crise.

A deterioração econômica contínua, e a contenção precária de riscos, com o colapso do sistema de saúde nas regiões mais populosas do Brasil provavelmente explicam essa dúbia flexibilização com a retomada das atividades econômicas sem sinal claro de contenção da disseminação do vírus, pode prolongar a crise econômica.

Para os pesquisadores do CEA, os principais riscos para a recuperação econômica no país residem na adoção de medidas mais restritivas de quarentena devido a uma eventual reaceleração da curva de transmissão do vírus, assim como as decisões das política econômica e política fiscal para para lidar com o endividamento do setor público nos próximos anos, ressaltando que essa profunda recessão causada pela pandemia deverá levar a uma deterioração substancial das condições do mercado de trabalho em 2020, o que se espera uma taxa de desemprego que ultrapasse 15% nos próximos trimestres devido à destruição de empregos nos mercados formal e informal.

Como avaliam os economistas-pesquisadores do CEA, para frente o crescimento econômico potencial tenderá a permanecer baixo sem que o Congresso aprove as reformas estruturais (reforma tributária, reforma administrativa, programa de privatização, principalmente) propostas pelo governo federal, segundo o que, os impactos da crise na economia e nas contas públicas, combinadas com o cenário político mais instável, com a aproximação das eleições, poderá levar a uma mudança na agenda de discussão de reformas estruturais nos próximos trimestres.

Como as discussões são travadas em diversas e diferenciadas frentes, os economistas do CEA, prosseguem em constantes abordagens diversificadas, como no tocante as Cadeias de Valor em termos globais, pois as economias ocidentais foram presas naquilo que já conheciam, mas não davam a real importância, porém os riscos da excessiva concentração e dependência de equipamentos médicos e hospitalares e outros tantos bens finais e componentes fabricados na China e com a excessiva interdependência produtiva, que estaria, inclusive, levando à transmissão e difusão dos choques da pandemia para a economia global.

Entretanto, todos os governos do mundo tiveram dificuldades de importação de equipamentos médicos e marcaram a pandemia como sendo segurança sanitária, passando a justificativa de produção local. Mas as reações oficiais de alguns países não foram favoráveis assim, com investimentos produtivos com vistas a reduzir a dependência da China.

Essas diversas medidas tem provocado debates sobre os destinos das cadeias globais de valor (CGV), como se essas reações políticas pudessem levar ao fim da globalização da produção. Sem embargo de outras abordagens, a regionalização produtiva das cadeias de valor pode ser um processo de transformação a considerar, motivados por crescimento de serviços específicos dentro das cadeias, como: P&D, inovações e patentes, distribuição e marcas; aumento dos custos trabalhistas na China; redução da importância do custo da mão-de-obra como vetor de eficiência produtiva devido à introdução de robôs, inteligência artificial e outras tecnologias, esse movimento de mudanças nas cadeias de valor está associado às mudanças tecnológicas e nos novos modelos de negócios e estratégias comerciais.

Ressaltando o que os pesquisadores do CEA afirmam que reconstruir a economia como ela era antes, baseada em combustíveis fósseis como principal fonte de energia, uma vez que se vê o desmatamento e a degradação ambientais seguem avançando, poderão resultar em novos problemas sociais e ambientais, afetando a qualidade de vida das populações. Assim será necessário uma recuperação econômica de forma mais “verde”, incluindo em sua Infraestrutura, os serviços das florestas e usinas de energia eólica que podem fazer parte dessa recuperação.

Nessa nova retomada da economia deverá ser aproveitada as oportunidades de investimento em setores estratégicos, promovendo novas tecnologias, inovações nos processos de produção e uso mais eficiente dos recursos, reduzindo a emissão de gases na atmosfera, diminuindo a poluição do ar e reduzindo impactos de mudanças climáticas. Com isso tudo, os benefícios nessa retomada verde serão marcantes, bem como, se não assim for, os riscos de não se considerar as questões climática e ambiental, e continuar Investindo em atividades e infraestrutura intensivas em carbono se pode ter uma economia de um passado ineficiente.

Para tanto, será necessário adaptar a sociedade brasileira para uma nova economia de desafios do século 21. Essa seria uma nova retomada da relação entre economia e sociedade, onde se reformule conceitos e análises aptas para um horizonte de sociedade do pós pandemia com melhorias do estar social com políticas públicas voltadas para o desenvolvimento solidário de territórios desiguais.

Exemplos se apresentam em todo mundo, como a Alemanha que apresentou um pacote de €130 bilhões para retomada econômica que promova crescimento e criação de empregos em setores de baixo carbono, com expectativa no processo de transição energética, promovendo crescimento e emprego no setor de energias renováveis e permitindo a desativação de usinas a carvão.

Na Coreia do Sul, a retomada econômica verde se tornou assunto principal dos debates legislativos, e o governo prometeu atingir emissões líquidas zero carbono até 2050, como um plano de recuperação econômica com forte ênfase em tecnologias digitais, prevendo um pacote de US$ 61,9 bilhões até 2025 para gerar empregos e impulsionar a economia, substituindo sistemas baseados em combustíveis fósseis por energias renováveis no país, investir em modelos de negócios sustentáveis, criar infraestrutura para a utilização de energia solar, eólica e a hidrogênio e criar empregos em prevenção de desastres naturais e manejo de recursos hídricos.

A União Europeia apresentou um plano de investimento de €750 bilhões para retomada da economia com instrumentos para atrair investimentos em energias renováveis e tecnologias de captura e armazenamento de carbono, além de aumentar o financiamento à agricultura de baixo carbono. Deixa-se claro que não existe solução única para a retomada econômica nos diversos países e economias, recomendando que o Brasil possa adaptar, conforme suas necessidades, propostas apresentadas em outros países, beneficiando investimentos em infraestrutura, na indústria e na agricultura, sem deixar de considerar soluções baseadas no meio ambiente com aproveitamento sustentável dos recursos naturais.

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