14 de novembro de 2024

42ª Lei das 48 Leis do Poder

Carlos Silva

O mundo, hoje, “saboreia” cerca de 60 conflitos armados e quase 10 guerras. A diferença entre eles é a intensidade, mas o resultado é o mesmo: mortes de inocentes! Sim, pois se comparar o número de mortos em combate, com o número de inocentes, veremos a enorme diferença contra esses últimos. E sempre foi, é, e será assim. É a vida! Mas, não fique chocado, afinal nós todos nascemos assim. Lembram da nossa corrida pela vida, quando éramos espermatozoides? E que quem não chegasse primeiro ao “objetivo”, iria morrer? Pois então, você já chorou pelos milhares de irmãos que morreram naquele momento? Não, né. Então, assista as guerras hodiernas e tome sua cerveja em paz. E isso não tem muito a ver com a 42ª Lei das 48 Leis do Poder. Mas, tudo tem a ver com a interação humana. Então, tem um certo alinhamento. Diz a Lei em comento: “Ataque o pastor e as ovelhas se dispersam. A origem dos problemas em geral pode estar num único indivíduo forte: o agitador, o subalterno arrogante, o envenenador da boa vontade. Se você der espaço para essas pessoas agirem, outros sucumbirão a sua influência. Não espere os problemas que eles causam se multiplicarem, não tente negociar com eles – eles são irredimíveis. Neutralize a sua influência isolando-os ou banindo-os. Ataque a origem dos problemas e as ovelhas se dispersarão.” Com certeza, as guerras iniciam porque um indivíduo teve uma ideia, disseminou em grupos, convenceu aliados e começou a confusão. Nenhuma guerra inicia do nada. E, historicamente, todo conflito, guerra, guerrilha, insurreição, revolução, agitação e outros nomes que definem a mesma coisa, possuem um mesmo denominador: um líder! Esse deveria ser o objetivo a ser combatido. Seria mais “econômico” em vidas perdidas e meios consumidos. Mas, o instinto humano da guerra, fala mais alto. Tem um dito popular que diz “dou um boi para não entrar em um briga e uma boiada para não sair dela”. Ah, você não é guerreiro, não gosta de briga e nem de guerra? Tudo bem, se você estiver em paz, no seu microcosmo, mas, se um dia você tiver que voltar ao seu instinto animal de sobrevivência, não estranhe, pois nascemos com esse DNA de guerra, de briga, de disputa, de concorrência e usamos as armas que dispusermos. E, cuidado, que palavras e narrativas tem enorme potencial destrutivo, e sem pólvora. Ah, não sabia disso? Ok, então aterrize no planeta Terra “ Se esticar um arco, estique o mais forte. Se usar uma flecha, use a mais longa. Para atirar num cavaleiro, atire primeiro no seu cavalo. Para pegar um grupo de bandidos, capture primeiro o líder. Assim como um país tem as suas fronteiras, a matança de homens tem o seu limite. Se for  possível impedir o ataque de um inimigo [com um golpe na cabeça], por que matar e ferir mais gente do que o necessário?” É um texto frio, soturno, macabro? Sim, mas sustentado pela realidade humana. Está no livro. E tudo isso acontecendo no mundo e eu, aqui, dando milho aos pombos. E a vida segue ! Com cervejas! Geladas!

Carlos Alberto da Silva

Coronel do Exército, na Reserva, professor universitário, graduado em Administração e mestre em Ciências Militares

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