Com o investimento em torno de R$ 5 milhões, o diretor-presidente da Gradiente, Ricardo Staub, anunciou na quinta-feira (7), o retorno das operações ao PIM (Polo Industrial de Manaus). Segundo ele, a empresa vai atuar na produção de energia solar, especificamente em inversores solares. A previsão para o início das operações será em torno de 60 dias, e a expectativa é que a produção deva gerar nos primeiros três anos cerca de 360 empregos diretos e indiretos.
Segundo o diretor-presidente, o inversor solar é o primeiro produto que a empresa está lançando dentro deste conceito e surge como alternativa para atender os consumidores residenciais e os pequenos e médios comerciantes, correspondendo a 87% do mercado de geradores. “O nosso foco de acordo com a linha de crescimento é o residencial através da geração distribuída. O inversor é um equipamento necessário para a energia solar e faz a conversão para as residências e concessionárias”.
Satub, afirma que a produção desses investimentos pode baratear a instalação de energia solar no Brasil em 20 a 25%, embora ainda tenha a importação do painel que será um incentivo para os primeiros dois anos também.
“É importante lembrar que o inversor sozinho não funciona, será preciso o painel solar e um instalador no local que vai fazer essa ligação com a concessionária para que você possa gerar crédito e ter a energia também para os equipamentos”.
A empresa atualmente tem quatro parques fabris utilizados para locação e administração. Nesse espaço que as operações serão iniciadas. A ideia, de acordo com Ricardo, é começar com esse capital devagar e crescer junto com o segmento para que daqui a cinco, dez anos se perdure.
A fábrica depende da aprovação de uma homologação em assembleia com credores para conseguir iniciar os trabalhos e ter acesso aos investimentos.
A Gradiente que foi pioneira e destacou-se como uma grande marca em todo o país, surge com uma nova estratégia e um novo segmento. Para Ricardo, a nova aposta para se manterem nesse novo ramo é pioneiro no Brasil, e estão se colando com novo players de inversores com o potencial de produzirem futuramente a cadeia de sistema solar.
Sobre a produção
Serão produzidos cerca de 100 mil inversores nos três primeiros anos. Com faturamento previsto neste período em torno de R$ 285 milhões. Serão sete produtos disponíveis para venda, com voltagens de mil a dez mil watts, com valores que variam de R!$ 1 mil a R$ 10 mil.
Sobre a motivação da escolha de Manaus como local para a produção ele é enfático. “Manaus sempre foi a nossa unidade fabril a nossa sede. É onde a gente tem fábrica e ainda a tivemos discutindo alguns incentivos interessantes para esse segmento. Dentro do consumo de energia solar Manaus está lá atrás O Norte e o Nordeste onde a gente tem mais sol e teria maior penetração disso, hoje não está sendo bem atuado.
Ele vai além, citando que os municípios da capital e as vilas indígenas onde é muito difícil o acesso a energia. Se fosse montado uma pequena usina solar nesses locais e linkar com as residências estaria produzindo energia mais barata, renovável e acessando o Brasil inteiro.
Ele afirma que as parcerias com o governo acendem também um grande interesse. “Os projetos sociais são bem interessantes, como o Minha Casa Minha Vida. Porque você já entregou essa instalação sem custo. Porque já está com o painel pronto. E também o financiamento via BNDES que vem para ajudar a reduzir o custo desses produtos”.