O governo federal manteve a previsão de crescimento de 1% da economia em 2009. O dado consta do relatório bimestral de reavaliação do Orçamento deste ano divulgado na terça-feira.
No projeto de Orçamento enviado ao Congresso em 2008, antes da crise, a previsão era de um crescimento de 4,5%. Durante a votação da proposta orçamentária, após os efeitos da crise econômica chegarem ao país, o percentual foi reduzido para 3,5%.
Em março, essa previsão foi reduzida para 2%. Na revisão do Orçamento de maio, o número já estava em 1%.
Fora do governo, no entanto, as previsões continuam apontando para uma queda no PIB (Produto Interno Bruto, soma das riquezas produzidas no país).
No documento, o Ministério do Planejamento aumentou a previsão para o IPCA (índice oficial de inflação), de 4,3% para 4,42%. Para o IGP-DI, caiu de 2,01% para 1,35%. Foi mantida a previsão de reajuste da Previdência em 5,92% para os benefícios acima do salário mínimo.
“A projeção relativa à inflação foi ligeiramente elevada para 4,42%, abaixo da meta de inflação perseguida pela política monetária, que é de 4,5%, e se mostra compatível com a trajetória para este índice observada até o momento”, diz o Planejamento.
A estimativa para taxa Selic média no ano caiu de 10,25% para 9,98% ao ano. Para o dólar, recuou de R$ 2,23 para R$ 2,08.
O governo decidiu manter o Orçamento de 2009 sem cortes de gastos ou liberação de recursos, apesar da queda na arrecadação projetada para este ano.
Governo mantém previsão de crescimento em 2009 e vê inflação maior
Redação
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