A comida por delivery e as compras de supermercado online foram as categorias com maior crescimento no número de consumidores no comércio eletrônico com as medidas de restrições para conter o avanço da pandemia, segundo pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).
A pesquisa, feita em parceria com a Offer Wise, foi realizada entre os dias 30 de março e 7 de abril, somente com internautas. Ao todo, foram entrevistados 958 consumidores, com idade igual ou maior a 18 anos, de todas as classes econômicas.
De acordo com o levantamento, nos últimos 12 meses, 91% dos internautas brasileiros realizaram alguma compra pela internet, o que representa um crescimento de 5 pontos percentuais na comparação com levantamento anterior realizado em 2019. Já a quantidade média de compras no período de 1 ano aumentou de 7 vezes para 8,5 vezes.
Com a maior permanência das pessoas dentro de casa e as restrições de funcionamento de bares e restaurantes, o delivery foi a categoria que mais cresceu no país. Segundo a pesquisa da CNDL, o número de internautas que realizaram ao menos uma compra nos últimos 12 meses praticamente dobrou na comparação com 2019 (de 30% para 55%).
Nas compras de supermercado, o percentual saltou de 9% para 30%. Essa categoria é a que possui maior peso no varejo brasileiro.
Já a compra de cursos online passou de 9,40% para 19,9%.
Outros destaques de avanço de penetração entre os internautas foram os serviços de streaming, tanto de filmes (de 26,8% para 35,9%) quanto de músicas (de 10,5% para 19%).
Quedas em lazer e turismo
As maiores quedas foram observadas nos serviços relacionados à lazer e turismo, os mais prejudicados pela pandemia prolongada, com destaque para as compras de ingressos (de 24,5% para 4,9%) e viagens (de 21,10% para 15,10%).
A pesquisa revela que as lojas físicas continuam sendo o canal preferido para as compras de produtos como alimentos e medicamentos. Produtos como eletrônicos, livros e eletrodomésticos, por outro lado, são os itens mais consumidos através de lojas online. Já artigos de moda/vestuário, produtos de beleza e artigos para casa não apresentam diferenças significativas.
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