O comércio varejista do país registrou crescimento pelo oitavo mês consecutivo em agosto, com alta de 0,7% no volume de vendas e de 1,3% na receita, em relação a julho, segundo divulgou ontem o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Na mesma comparação, o volume de vendas aumentou em 20 Estados e caiu em sete.
Na comparação com agosto do ano passado, o volume de vendas cresceu 9,9% em agosto, 9,7% no ano e 9% nos últimos 12 meses. Já a receita nominal cresceu 13,2% em agosto, 11% no ano e 9,9% no acumulado em um ano.
Em agosto , o volume de vendas do segmento de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo cresceu 6,4% em relação a igual mês do ano anterior, voltando a exercer a maior influência no resultado global (34% da taxa). A atividade acumulou altas de 6,6% e 7,2% no ano e nos últimos 12 meses, respectivamente.
Segundo o IBGE, este desempenho reflete o aumento do poder de compra da população, devido ao “aumento da massa real de salário da economia, apesar do aumento dos preços dos produtos alimentícios ocorrido no trimestre de junho a agosto”. No período, o IPCA registrou variação de 5% para o grupo alimentação no domicílio.
Móveis e eletrodomésticos
O segmento de móveis e eletrodomésticos foi responsável pelo segundo maior impacto no resultado do comércio em agosto, ao registrar alta de 16,8% no volume de vendas em relação a agosto do ano passado.
O segmento acumulou 16,7% no ano e 15,6% nos últimos 12 meses. “Este desempenho se deve à manutenção das condições favoráveis de crédito , rendimento real , emprego e preços”, segundo o IBGE.
Variação positiva
O volume de vendas da cate-goria de outros artigos de uso pessoal e doméstico cresceu 19,5% ante agosto do ano passado e exerceu o terceiro maior impacto na formação da taxa do varejo (14% da taxa geral). A variação foi positiva em 23,3% para o ano e de 22,2% para os últimos 12 meses.
A quarta maior contribuição para o resultado global coube ao segmento de tecidos, vestuário e calçados, cujas vendas cresceram 13% em relação a igual mês do ano anterior. Os acumulados foram de 10,5% no ano e 7,2% nos últimos 12 meses.
Incluindo as vendas de veículos e de material de construção, as variações em agosto (ante igual mês do ano anterior) foram de 14,9% para o volume de vendas e de 17,4% na receita nominal .
Os acumulados do ano e dos últimos 12 meses foram de 13,8% e 12,1% para o volume de vendas e de 14,3% e 12,4% para a receita nominal, respectivamente.