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Viva o dia mundial do champagne! Viva as borbulhas!

O dia dedicado a celebração do CHAMPAGNE, o mais famoso de todos os espumantes, cai sempre na última quarta feira de outubro de cada ano. Em 1927, a Região Francesa de Champagne ganhou o título de AOC – Appellation d’Origine Contrôlée (Denominação de Origem Controlada). Isto significa que, apenas os vinhos feitos de uvas – Pinot Noir, Pinot Meunier e Chardonnay, cultivadas dentro desta região delimitada e respeitando rigorosos métodos de produção, podem usar o nome champagne. Essa famosa região fica situada a 150 quilômetros de Paris.  

A bebida foi descoberta há cerca de 344 anos por um monge religioso chamado Dom Pérignon, ele era o responsável pelas adegas da Abadia de Hautvilleres, na diocese de Reims na França. Reza a lenda que Dom Perignon ficou curioso com a afirmação dos vinicultores de que certos tipos de vinhos fermentavam novamente depois de engarrafados. Essa refermentação do vinho que ocorria dentro das garrafas fechadas provocava a liberação do gás carbônico, provocando pressão que estourava os tampões ou arrebentavam as garrafas. Dom Pérignon então experimentou garrafas mais fortes e utilizou rolhas amarradas com arame, conseguindo obter a segunda fermentação dentro da própria garrafa. 

Com o aprimoramento da técnica, a fermentação passou a ser controlada por açúcares e fermentos, conseguindo assim o equilíbrio sobre a efervescência, possibilitando a elaboração de um produto mais agradável ao paladar. Ao provar a bebida, dizem que que o monge se surpreendeu e comentou:  “estou bebendo estrelas”. 

Pra resolver a questão dos resíduos da segunda fermentação que ficavam no fundo das garrafas, deixando o liquido com uma péssima aparência, entrou em cena para causar uma grande revolução, uma mulher chamada Veuve Clicquot para contribuir no aprimoramento do champagne. Veuve Clicquot, que também virou uma marca de Champagne, criou os pupitres, inventou os processos de remuage (girar as garrafas) e dégorgement (degolar o “pescoço” das garrafas). Os funcionários da adega colocavam as garrafas viradas para baixo nos pupitres (prateleiras), inclinam e as giravam, fazendo com que os resíduos se descolassem do corpo do recipiente até ficarem acumulados no gargalo. Aí então faziam o dégorgement, que retira todas as impurezas, fazendo que o vinho fique límpido e transparente. Esse mesmo processo é ainda utilizado hoje em dia. Lindamente!

Neste fim de semana, recomendo degustar um delicioso champagne francês, faltando, substitua por um espumante brasileiro que tem alta qualidade e merece fazer parte da sua celebração.

DICA – Nem todo espumante é um champagne, mas todo champagne é um espumante. 

Foto/Destaque: Divulgação

Humberto Amorim

Enófilo, curioso, insaciável e infiel apreciador
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