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Vice no DF recua e desiste de pedir licença

Pressionado pela Executiva Nacional do DEM, o vice-governador do Distrito Federal, Paulo Octávio, chegou a comunicar a aliados que pediria licença do cargo de presidente regional do partido no Distrito Federal, mas voltou atrás.
Ele marcou para quarta-feira, 23, a reunião do diretório regional para decidir sobre a expulsão do deputado Leonardo Prudente, presidente afastado da Câmara Legislativa, que foi filmado guardando pacotes de dinheiro do mensalão do DEM nas meias.
Líderes do partido também querem que Paulo Octávio se licencie do comando do DEM no DF. “Se ele é mencionado nas denúncias, demonstrará mais autoconfiança se pedir licença”, disse o líder do DEM no Senado, José Agripino: “Mas não vamos brigar. O que queremos é a expulsão de Prudente. Caso contrário a Executiva Nacional terá de intervir no caso”.
Por meio de nota, o vice negou que vá se licenciar da presidência do partido. Apesar de ter marcado a reunião para decidir o caso de Prudente, ele não definiu a hora.
Membro do diretório, o deputado federal Alberto Fraga (DEM-DF) disse que seria difícil realizar a reunião. “Parece que tem muita gente fora da cidade”, disse. Apesar de dizer que votará pela expulsão de Prudente, Fraga ressaltou que é preciso dar direito de defesa a ele.
Secretário de Transportes do DF e aliado do governador José Roberto Arruda (ex-DEM), Fraga afirmou que não se “incomoda” com a pressão da Executiva do partido: “Estou pouco me lixando para o que eles pensam”.
Ele ainda fez uma ameaça: “Deus proteja. Que não apareça nada contra aqueles que foram mais contundentes contra Arruda, porque a partir de agora vou votar sempre pela expulsão” – citando Agripino, o deputado Ronaldo Caiado (GO) e o senador Demóstenes Torres (GO).

Deputado entrega defesa

O presidente licenciado da Câmara Legislativa do Distrito Federal, Leonardo Prudente (DEM), entregou na quarta-feira sua defesa no processo de expulsão do DEM.
Prudente foi flagrado em um dos vídeos apresentados pelo ex-secretário de Relações Institucionais Durval Barbosa guardando dinheiro nas meias. O recurso teria origem no suposto esquema de corrupção do governador do DF, José Roberto Arruda (sem partido).
O deputado alega que sua defesa foi cerceada no processo porque pediu a cópia do vídeo e do inquérito e o partido negou, porque o material seria de domínio publico. No entanto, Prudente mesmo justifica, na defesa, que o suposto dinheiro nas imagens teria sido uma doação de Durval para as eleições de 2006.
O relator do processo, ex-senador Lindberg Cury, reuniu com o partido para decidir se o caso seria analisado.
Cury, no entanto, pode pedir até 48 horas para examinar o processo. Com isso, uma definição sobre a permanência ou expulsão do presidente licenciado da Câmara nos quadros do DEM corre o risco de ficar para janeiro.
Apesar da pressão da Executiva nacional para que o processo disciplinar contra ele fosse julgado, o diretório do partido no DF pode ainda não conseguir garantir quorum para a reunião.
Para que o processo seja analisado, é preciso que o encontro ocorra com ao menos 11 integrantes.
Se a decisão for pela expulsão, Prudente pode perder a chance de concorrer às eleições de 2010. Nos bastidores, no entanto, alguns integrantes do DEM dizem que há um movimento para salvar o presidente da Câmara local.
Um fato que reforça essa estratégia é que o caso foi parar na mão do ex-senador Lindberg Cury, que não tem pretensões para as eleições do ano que vem.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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