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VCP prevê nova alta do preço da celulose no mês de agosto

O presidente da Votorantim Celulose e Papel, José Luciano Penido, afirmou ontem, durante teleconferência com analistas, que a companhia deverá anunciar nos próximos dias um novo aumento para o preço da celulose, a vigorar a partir de agosto. O reajuste, segundo ele, deverá ser aplicado em todos os mercados (América do Norte, Europa e Ásia). Este será o quarto reajuste consecutivo no preço do insumo desde maio.
“A demanda pela celulose de eucalipto na Europa e na América do Norte está estável e os dados da China em julho estão em linha com os números de junho. Isso, aliado aos estoques baixos e aos fechamentos de capacidade da América do Norte e na China, dá fundamento para a alta dos preços”, afirmou o executivo, que preferiu não revelar de quanto será o reajuste.
Nos últimos meses, os aumentos aplicados pelos fabricantes de celulose têm sido de US$ 20 a US$ 30 por tonelada. Desde que a tendência de queda de preços foi suspensa, em abril, o preço lista da celulose vendida mundialmente já cresceu US$ 50 na Europa e US$ 55 na América do Norte – os preços na Ásia não têm uma base de comparação, uma vez que as companhias decidiram anunciar valores líquidos, e não preço lista como divulgado anteriormente.
Apesar de se mostrar confiante com a demanda chinesa por celulose, Penido desconversou sobre possíveis reajustes do insumo no futuro. “É muito difícil fazermos uma projeção segura de preços entre agosto e o final do ano”, afirmou. Penido destacou que a demanda chinesa continua aquecida e que, apesar da elevação de preços internacionais da celulose, parte das fábricas chinesas que deixaram de produzir devido à menor competitividade de suas linhas não deve retomar a produção. “Achamos que entre 40% e 50% da produção não voltará a operar”, disse.
A explicação, segundo ele, está no elevado nível de poluição causado por essas unidades e também em uma possível opção de papeleiros chineses de continuar a trabalhar com a celulose de eucalipto, em detrimento de outros materiais.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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