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Ufam passa por quatro fases e chega ao centenário com expressivo crescimento

A Assembléia Legislativa do Amazonas realizou sessão especial, proposta pelos deputados Luiz Castro (PPS), Vera Lúcia Castelo Branco (PTB) e Adjuto Afonso (PP) para homenagear os 100 anos da Universidade Federal do Amazonas.
Ao participar da sessão especial em homenagem aos 100 anos da Universidade Federal do Amazonas, a doutora em filosofa e historiadora Rosa Mendonça de Brito disse que em 100 anos, completados em 17 de janeiro de 2009, a Ufam passou por quatro etapas. Inicialmente, em 1909, recebeu a denominação de Escola Universitária Livre de Manaos; passou a se chamar Universidade de Manáos, em 1913. Ao passar por nova reestruturação em 1962, virou UA (Universidade do Amazonas) e em 2002 passou a se chamar Ufam (Universidade Federal do Amazonas).
Segundo a historiadora, em qualquer dessas etapas o objetivo da universidade sempre foi um só: formar intelectuais na sociedade amazonense que estão atuando em várias áreas, tanto do conhecimento como no mundo empresarial.
Rosa Brito contou que a construção do conhecimento e a divulgação dos mesmos – tanto na fase inicial, em 1909, como hoje, em 2009 – sempre foi o foco principal. “A prova disso é que hoje a Ufam possui 25 mil alunos em 96 cursos de graduação, sendo 31 no interior. Em pós-graduação, em nível de mestrado e doutorado são 1,1 mil alunos, distribuídos em 39 cursos –31 de mestrado e oito de doutorado”, explicou.
A historiadora disse que durante 90 anos, a Ufam foi à única instituição de ensino superior formadora de massa intelectual no Amazonas. Isso significa que ela é responsável pela formação dos professores do ensino fundamental, médio ao superior. “As universidades particulares no Estado surgiram a partir da década de 1990, logo todos os professores foram formados pela Ufam”, disse, lembrando que os hospitais e prontos-socorros da cidade são atendidos por profissionais que passaram pela instituição. Segundo Rosa Mendonça de Brito, a primeira faculdade criada no Brasil foi à de Medicina, na Bahia, em 1808, com a passagem de Dom João VI naquele Estado.

Cursos e vagas

Ao fazer um balanço dos oito anos que está à frente da Ufam, o reitor Hidemberg Frota disse que o marco de sua administração foi a expressiva expansão dos cursos de graduação. Ele contou que. anteriormente, a Ufam vinha oferecendo apenas 43 cursos de graduação, depois passou para 44, e atualmente conseguiu atingir 96 cursos de graduação.
A universidade mais que dobrou o número de cursos e ao mesmo tempo o número de vagas oferecidas nos vestibulares que ampliaram também de forma expressiva, saltando de 1.725 para 4.850 vagas.
A ampliação ainda foi mais expressiva nos cursos de pós-graduação em mestrado e doutorado, que segundo ele saltou de 15 mestrados para 31. “Em doutorado, que há oito anos não tinha nenhum curso, hoje temos oito’, disse, ressaltando ainda que uma das maiores conquistas da Ufam nos últimos anos foram os projetos de extensão e interiorização do conhecimento com ensino de qualidade. Hidemberg Frota informou que a implantação definitiva das unidades acadêmicas permanentes no interior do Estado, num total de cinco, envolvem 400 professores, que estão morando nos municípios de Benjamin Constant, Coari, Parintins, Itacoatiara e Humaitá, além de mais de 200 agentes administrativos, para atender mais de 6 mil alunos.

Mágica de Virgílio Filho

O senador Arthur Virgílio Neto (PSDB), filho do senador Arthur Virgílio Filho autor do projeto que criou a Universidade do Amazonas, elogiou o ensino que vem sendo desenvolvido na Ufam e disse que como todo projeto houve luta muito grande de seu pai para aprova-lo.
Disse que não atinaria para esses detalhes se não tivesse tido a experiência de entrar para o parlamento, pois agora sabe que quando se faz uma iniciativa como essa, as pessoas de outros Estados começam a emendá-lo, solicitando uma para um local, outra para outro e, assim por diante, fazendo com que o projeto vá inchando e com o tempo inviabilize a idéia original.
A Ufam só poderia nascer na sua forma atual dando seqüência à bela iniciativa de 100 anos atrás da Universidade Livre de Manáos se o projeto fosse aprovado na íntegra sem nenhum penduricalho, sem nenhuma outra universidade em outro local, pois abrindo exceção para um o mesmo seria dado a outros e o governo alegaria que não haveria fundos para cobrir todas aquelas despesas e, na época o Brasil passava por momentos muitos difíceis.
Disse que seu pai morreu e ele não conseguiu perguntar a ele como conseguiu a proeza de aprovar o projeto sem os famosos penduricalhos. Mas hoje, como parlamentar experiente, quando percebe algo que atinge o interesse do Amazonas a primeira coisa que faz è mandar emendar, propõe várias emendas e o projeto acaba não saindo. “O que meu pai conseguiu foi fazer uma mágica sem precedentes na Câmara, talvez por ser líder do PTB à época conseguindo aprovar projeto e, por ironia do destino conseguiu se eleger senador em 1962.
O mesmo aconteceu lá, viu seu projeto ser aprovado nos primeiros seis meses de mandato, também como líder do governo naquela altura, uma coincidência muito feliz para todos nós amazonenses”, destacou Arthur Neto.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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