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Uber deve demitir 14% dos seus funcionários

Divulgação

O Uber informou, por meio de um documento à SEC (Securities and Exchange Commission), que deverá dispensar 3,7 mil funcionários e que o CEO, Dara Khosrowshahi, irá renunciar seu salário base até o fim do ano. As demissões nos times de suporte e aquisição de clientes vai representar cerca de 14% de sua força total de trabalho. Atualmente a empresa conta com 26,9 mil colaboradores.

A título de curiosidade, Khosrowshahi ganhou como salário base cerca de US$ 1 milhão em 2019, mas a maior parte de seus ganhos são provenientes de bônus e premios de ações. Por falar em ações, após a notícia chegar ao noticiário internacional, na manhã desta quarta-feira (6), os papéis da companhia caíram mais de 1%. Até o momento da publicação dessa matéria, as ações do Uber já contabilizam baixa de 2,2%.

A empresa foi fortemente afetada com a chegada da pandemia devido ao isolamento social e lockdown em diversas cidades. As reservas globais da empresa diminuíram 80%, de acordo com um relatório da mídia digital The Information. Mas, os investidores e o mercado terão uma maior noção do cenário quando a companhia anunciar seus resultados financeiros nesta quinta-feira (7).

"Estamos olhando para diferentes cenários e para cada custo, variáveis e flexíveis. Queremos ser espertos, nos mover rapidamente, para poder manter o máximo de pessoas e tratar nossos ótimos funcionários com dignidade e respeito", disse o CEO. A decisão final será informada em duas semanas.

Problemas paralelos

Nesta terça-feira, o estado da Califórnia abriu um novo processo contra a Uber e seu principal rival, a Lyft. A alegação é que os dois apps de mobilidade trataram ilegalmente seus motoristas, sob o regime de contratados independentes. Com isso, eles ficaram privados de proteções e benefícios trabalhistas, incluindo seguro-desemprego e salário mínimo.

A ação foi movida pelo procurador geral do estado, Xavier Becerra, além de procuradores das cidades de Los Angeles, San Diego e San Francisco. Nela, eles buscam a restituição de salários não pagos aos motoristas de forma retroativa e solicitam que o tribunal onde o processo foi aberto force tanto Uber, quanto Lyft a classificar imediatamente seus motoristas como empregados formais de ambas as empresas.

Ao longo dos anos, Uber e Lyft vem enfrentando diversos processos do gênero, que alegam que as empresas em questão classificaram incorretamente os trabalhadores. Desde fevereiro, mais de dois mil condutores, apenas na Califórnia, entraram com ações contra as empresas, alegando que ambas devem a eles mais de US$ 630 milhões em salários, despesas e outros danos trabalhistas por classificá-los erroneamente como contratados independentes.

Decisão judicial nos EUA pode transformar motoristas de apps em funcionários

As empresas dizem que não empregam os motoristas, mas agem como intermediários entre motoristas e passageiros. Eles montaram uma campanha veemente contra o AB 5, passando boa parte de 2019 trabalhando para atrapalhar o projeto antes que os legisladores estaduais o aprovassem.

Dois dias antes da entrada em vigor da lei, a Uber e a startup Postmates entraram com uma ação, sob a alegação de que o AB 5 viola os direitos constitucionais dos indivíduos e discrimina injustamente as plataformas de tecnologia e aqueles que vivem dessas plataformas.

Fonte: Redação

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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