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Tecnologia interativa a serviço do RH

Na maioria dos casos, nada substitui o olho no olho, nem o feeling do contato pessoal, mas o mundo de negócios globalizado, interativo, com tempo escasso, e que visa, categoricamente, o “resultado”, leva as empresas a pensarem em alternativas para substituir o contato presencial pelo remoto.
Tecnologias como a teleconferência, vídeo conferência, ferramentas via internet e etc, tornam longas reuniões presenciais em processos eficazes, tanto em relação a conteúdo, principal objetivo, quanto à economia dos custos envolvidos e de tempo de locomoção, e, em alguns casos, até da espera na recepção.
Embora não seja de hoje que essas reuniões virtuais aconteçam, principalmente com altos executivos da área comercial ou ainda entre matriz e filial, a tecnologia interativa também partiu para áreas e departamentos que, até então, não se pensava como, por exemplo, o setor de Recursos Humanos.
Há alguns anos, houve uma grande ruptura no processo de treinamento devido aos altos custos e recursos para se realizar treinamentos presenciais. Em uma só tacada, transformaram toda essa base e suas referências em um processo à distância, ação que culminou em fortes conseqüências para os profissionais.
Uma delas está no simples fato de que nem toda pessoa tem a possibilidade de realmente aprender sem um mínimo contato humano. Outra é que alguns instrumentos e técnicas de definições de perfil sugerem se a pessoa em treinamento, portanto, em aprendizado, é mais visual, auditiva ou sinestésica, entre outros. Como o treinamento via e-learning é mecânico e não personalizado, a ferramenta não respeita o perfil de aprendizado de cada aluno, ou seja, mesmo que haja voz, som, leitura e dinamismo, nada substitui o tato, o contato, o calor, o foco, a convivência ou até a atenção do professor ao aluno no momento do curso e vice-versa.
Além disso, nem todos os seres humanos têm a disciplina necessária para estipular seus horários, momentos de estudo, realizações de teste e certificações, exigências primordiais para se realizar um curso de e-learning completo.
Nesse contexto, pesa também a questão da cultura latina, na qual o relacionamento pessoal, frente a frente é importante e facilita muito, qualquer que seja o assunto a ser tratado. Relacionamento hoje, é sem dúvida, a alma do negócio, ao contrário de duas décadas atrás, quando vivemos a era da informação.
E é justamente por isso que mais e mais empresas estão preocupadas em tratar as relações humanas de maneira eficiente e, para isso, voltam a investir no treinamento, formação, qualificação e em qualidade de vida de seu profissional, proporcionando benefícios que vão além do curso de inglês e pós-graduação.
Nesse ponto passamos a enxergar a necessidade de se integrar esses dois mundos, a interatividade da ferramenta à distância e a vivacidade das inter-relações. Independentemente do perfil do profissional, o modelo funciona muito bem. O e-learning pode passar os fundamentos do tema e o treinamento presencial fecha o ciclo.
Certamente, a permanente pressão para reduzir custos força as empresas a optar por caminhos mais práticos, digamos, mas não se pode acreditar que o e-learning fará sozinho o seu papel.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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