Pesquisar
Close this search box.

Tecnologia evolui e modifica produtos

https://www.jcam.com.br/0807_B1.png

É grande a expectativa dos setores da economia em regulamentar o uso do Código de Barras, com foco na rastreabilidade de produtos. Para se ter uma ideia, o setor farmacêutico tem até o final do ano para se adequar à regulamentação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e adotar o Código de Barras Bidimensional. Foi nesse cenário que a Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil divulgou o resultado do estudo “Consumidores e Empresas: Tendências e comportamento no mercado nacional”, que mede a influência da tecnologia no comportamento do consumidor.
Em sua 3ª edição, o estudo semestral, abrangeu um público consumidor de 425 pessoas acima de 18 anos de idade e 550 empresas, sendo 41% do segmento de alimentos, 37% de indústrias e 22% do setor de saúde. As entrevistas foram aplicadas em todo o país. De acordo com o presidente da GS1 Brasil, João Carlos de Oliveira, o estudo já se tornou referência para a indústria, distribuição e comércio. “Já que aponta os níveis de automação e o desejo dos consumidores de forma inédita”, ratificou.
Resultado da pesquisa revela que 83% dos entrevistados afirmam que a internet é o seu meio de se informar. Mas, 41% deles preferem ir às lojas pessoalmente, 22% buscam sugestões de amigos e familiares e 21% usam aplicativos de smartphones. Anúncios de televisão, jornais e revistas e contato com fabricantes são as opções menos escolhidas. “Do ponto de vista do consumidor, é fato conhecido que a tecnologia alterou a forma como ele busca informações sobre produtos e os meios de compras”, observou o executivo da GS1-Brasil.
Oliveira destacou os principais objetivos desse trabalho: “Em primeiro lugar é acompanhar o consumidor brasileiro para compreender seu comportamento de compra e sua percepção de uso do código de barras hoje e no futuro. Já em segundo lugar, visto como uma vertente trata de como as empresas estão adotando as tecnologias para identificação de produtos, principalmente o código de barras e como estão reagindo para atender o novo perfil de consumidor, muito mais ávido por informações”, explicou.
O estudo ainda revela que 44% do público entrevistado entende que o código de barras pode ajudar no combate à falsificação e proporcionar rastreabilidade, identificação e confirmar autenticidade do produto. O consumidor entende que esses são os principais motivos pelos quais o código de barras o auxilia na proteção por produtos originais.
No entanto, 43% dos entrevistados ainda desconhecem a capacidade de armazenamento de dados dos códigos de barras presentes no sistema GS1 e não aproveitam esse recurso para identificar os produtos que mais atenderão suas necessidades. “O público demonstra perceber que o código de barras pode ser uma fonte de entrada de informação no smartphone. No futuro, na visão dos entrevistados, a ferramenta pode se tornar uma referência para informações gravadas nos dispositivos móveis”, concluiu Oliveira.

Repercussão do estudo

No Amazonas, representantes do comércio atacadista e distribuidor destacam a importância do Código de Barras, como principal ferramenta no combate à pirataria, sonegação, contrabando e descaminho de mercadorias em todo território nacional, principalmente em regiões fronteiriças.
Para o presidente do Sincadam (Sindicato do Comércio Atacadista e Distribuidor do Estado do Amazonas), Enock Luniere, a evolução do código de barras é fundamental para todos os segmentos econômicos, incluindo serviços de toda natureza. “Não importa o tamanho do negócio, o código de barras está presente, seja na embalagem, no controle de estoque ou até na mais sofisticada forma de logística com uso do código em rádio frequência EPC/RFID”, disse.
Trata-se do Código Eletrônico de Produto ou EPC um sistema criado pela GS1 para padronizar as informações armazenadas na tecnologia portadora de dados RFID (Radio Frequency Identification).
Segundo o gerente de compras da SB Log Comércio Ltda., Nilson Ipiranga, através da evolução do conceito do Código de Barras EAN-13, passando pelo GS1 DataMatrix, até chegar ao chip rastreador EPC/RFID desenvolvidos pela GS1, é um dos melhores controles já utilizados pelos setores têxtil, alimentício, farmacêutico, entre outros, principalmente no combate à pirataria.
“A GS1 Brasil já encabeça vários movimentos em relação à regulamentação do uso do código de barras. Sua finalidade tem importância fundamental, desde o controle de estoque até chegar ao consumidor final, que hoje já pode seguir todo esse percurso utilizando a tecnologia mobile”, observou. A SB Log faz parte da Abafarma (Associação Brasileira do Atacado Farmacêutico).

Sobre a GS1 Brasil

A GS1 Brasil – Associação Brasileira de Automação é uma organização multissetorial sem fins lucrativos que representa nacionalmente a GS1 Global. Em todo o mundo, a GS1 é responsável pelo padrão global de identificação de produtos e serviços (Código de Barras e EPC/RFID) e comunicação (EDI e GDSN) na cadeia de suprimentos, colaborando para o processo de automação desde a matéria-prima até o consumidor final.
Os padrões GS1 são utilizados em 150 países, com mais de um milhão de empresas associadas. A organização brasileira tem 58 mil associados. Além de estabelecer padrões de identificação de produtos e comunicação, a associação oferece serviços e soluções para as áreas de varejo, saúde, transporte e logística. Mais informações em www.gs1br.org.

Brasil em código

Com a proposta de gerar um ambiente de novas ideias e tendências sobre os temas Inovação, Tecnologia e Gestão de Pessoas e como integrá-los, a GS1 Brasil além de divulgar o resultado do estudo de mercado, também realizou na semana passada, a 6ª edição do “Brasil em Código – Conferência Internacional”, evento que acontece anualmente em São Paulo (SP).
A conferência contou com a presença do presidente da GS1 Global, Miguel Lopera, destaque entre os palestrantes, além de especialistas como Paulo Sérgio Silva, CEO do Walmart.com Brasil e Gustavo Caetano, CEO at Samba Tech. Com o tema “Um novo olhar sobre inovação, tecnologia e gestão de pessoas”, o presidente da GS1 Brasil, João Carlos de Oliveira, ratifica a importância da conferência anual. “Propomos o debate de alto nível para que os líderes das empresas brasileiras tenham conhecimento de métodos eficientes a partir de processos padronizados e aplicados mundialmente. É uma de nossas contribuições para o desenvolvimento socioeconômico do país”, ressaltou.
Mais de 300 executivos e decisores de grandes empresas que buscam um novo olhar sobre os processos de integração de tecnologia e gestão de pessoas, prestigiaram o evento. “Brasil em Código se tornou referência para diversos setores da economia e representantes de órgãos governamentais quando se fala em automação aliada à inovação e à realidade do país”, reconheceu o CEO da GS1 Global, Miguel Lopera.

Código de barras bidimensional

Toda a cadeia do setor farmacêutico deverá se adequar à nova regulamentação da Anvisa, até dezembro de 2016, focada na rastreabilidade dos medicamentos através do código de barras bidimensional. Segundo a Agência, não haverá novo adiamento do prazo para adequação à regulamentação e as empresas que compõem a cadeia produtiva, logística e de comercialização do setor deverão estar 100% aptas a cumprir a norma, sob pena de autuação.
A lei da rastreabilidade de medicamentos -que determina que todo e qualquer medicamento seja rastreado, desde sua fabricação até chegar ao paciente -é antiga, de 2009, mas a obrigatoriedade para seu cumprimento foi adiada por diversas vezes, sobretudo pela complexidade de adaptação no processo produtivo.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
Compartilhe:​

Qual sua opinião? Deixe seu comentário

Notícias Recentes

Pesquisar