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Startup cria blockchain e criptoativo verde para ir muito além do carbono

‘Criptoativo verde’ oferece alternativa para recompensar projetos ambientais e de regeneração da natureza, como agroflorestas e agricultura familiar.

No cenário atual de crescente emergência ambiental e busca por soluções inovadoras, a startup brasileira Sintrop, focada na construção do Sistema Descentralizado de Regeneração da Natureza, prepara-se para lançar um criptoativo revolucionário: o Crédito de Regeneração. Inspirado no Bitcoin para o mercado de carbono, esta nova iniciativa busca recompensar projetos ambientais e de regeneração da natureza, como agroflorestas e agricultores familiares regenerativos, oferecendo uma alternativa verde e com uma estimativa de redução em mais de 50 mil vezes do custo. O projeto será apresentado na próxima quinta-feira, 25, na Base Colaborativa, Avenida Hélio Pelegrino, 1.200, São Paulo. O evento que marca a abertura da pré-venda do Crédito de Regeneração, rodada de captação semente da Sintrop, será aberto a investidores, apoiadores e todos os interessados na regeneração do planeta, na descentralização, na Web3 e no mercado de carbono.

Criado para ser uma solução eficiente e moderna à falta de respostas e resultados positivos do atual mercado de carbono no mundo, o Crédito de Regeneração é um criptoativo descentralizado que utiliza uma metodologia de certificação única, que não será controlada por órgãos, governos ou uma figura centralizadora, mas sim, por uma comunidade e por algoritmos imutáveis.

Após 3 anos de desenvolvimento, a startup está pronta para atrair investidores e colocar no mercado o criptoativo. “Nosso objetivo agora é introduzir a solução no mercado e abrir oficialmente a nossa rodada de captação semente e começar o trabalho de divulgação da solução para as pessoas. O produto agora está pronto para ser auditado e testado”, afirmou André Ravagnani, desenvolvedor e idealizador da Sintrop.

Ravagnani explica que todo o projeto se baseia na descentralização, o que é possível pela tecnologia da Blockchain, rede na qual os dados são armazenados e processados de forma descentralizada, com a confiança em contratos inteligentes, que são algoritmos imutáveis. “O principal diferencial é a descentralização. É o que torna o Crédito de Regeneração uma solução única, diferente de todas as outras que existem no mercado. Ao invés de confiar em pessoas, vamos confiar na rede e no código aberto do projeto”, garante André, ressaltando a importância da comunidade para o processo obter resultados robustos. “Cada um usuário cumpre um papel no Sistema Descentralizado de Regeneração da Natureza, para introduzirmos no mercado essa inédita forma de certificação, que jamais foi testada em toda nossa história, de certificar sem ter uma pessoa regulando. Esse trabalho será feito por grupos da comunidade, com inspetores, pesquisa, validação, ativismo, desenvolvedores, produtores rurais e apoiadores”, revelou.

O criptoativo da Sintrop foi criado para recompensar serviços ambientais e promover a regeneração dos ecossistemas em um momento crucial em que o planeta enfrenta desafios monumentais, desde o aquecimento global até o esgotamento dos recursos naturais. Segundo o relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), a humanidade está usando cerca de 1,6 vezes a quantidade de serviços que a natureza pode fornecer de forma sustentável. A degradação já está afetando o bem-estar de cerca de 3,2 bilhões de pessoas – ou seja, 40% da população mundial. Diante disso, a Sintrop criou uma solução que incluísse diversos perfis, desde produtores rurais e pesquisadores, a ativistas e apoiadores.

A perspectiva da startup para este ano é lançar o projeto na rede e movimentar toda essa comunidade através de um aplicativo que já está pronto e disponível para download para IOS e Android. “Após a pré-venda, nosso próximo passo é a estruturação do projeto para o lançamento oficial e início das operações. Para isso, precisamos auditar os contratos inteligentes, para garantir que eles não terão falhas, uma vez que são imutáveis, e apostar no diálogo com a comunidade, para despertar um desejo nas pessoas de participar, e mostrar como elas podem ganhar com o Crédito Regeneração e também definir qual a rede na qual estaremos inseridos”, projetou André Ravagnani.

O foco da é atrair qualquer pessoa que queira impactar positivamente a Natureza, que queira reduzir seus próprios impactos ambientais e que tenha projetos produtivos que regenerem a natureza, como sistemas agroflorestais, cuja produção agrícola coexiste com a floresta, sem degradar o solo ou desmatar, preservando as características do ecossistema.

Lílian Araújo

É Jornalista, Artista, Gestora de TI, colunista do JC e editora do Jornal do Commercio
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