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Software auxilia empresas na obtenção da ISO 9001:2000

Um programa de computador que promete ajudar as empresas do PIM (Pólo Industrial de Manaus) na obtenção da ISO 9001:2000 e a eliminar a burocracia e papelada que as Normas ISO exigem. Trata-se do WHG ISO Web Industrias SGI lançado, na última quinta-feira, pela empresa WHG Engenharia e Consultoria Ltda, durante workshop sobre qualidade com base nas normas NBR ISO.
O software é o fruto dos investimentos feitos pela Fapeam (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas), por meio do Pappe I (Programa de Apoio à Pesquisa em Empresas), o qual disponibilizou apoio técnico e financeiro à WHG Engenharia e Consultoria Ltda.

Manutenção do sistema

Segundo o diretor da WHG, Aldenir Ferreira Alencar, a maior dificuldade das empresas para obtenção da ISO está relacionada à manutenção do sistema, o que exige um grande esforço institucional, além de outras dificuldades. “É funcionário que sai, alterações de procedimentos, normas que se perdem ao longo dos anos e ninguém faz as atualizações. Por isso, desenvolvemos uma forma de suporte que estamos chamando de ‘médico da qualidade’. Ou seja, cuidamos do sistema do empresário usando as ferramentas do software de uma forma preventiva”, explicou.
Alencar disse que a idéia de desenvolver o sistema surgiu quando estava fazendo o doutorado. Na época, estudou um assunto chamado “Competência Essencial”, que o motivou a aplicá-lo em sua empresa. “É algo que sua empresa faz e o concorrente precisa ter tempo e dinheiro para fazer o mesmo. Foi quando visualizei o software como opção. O primeiro passo foi aplicá-lo no planejamento estratégico da empresa para iniciar o processo de desenvolvimento do programa”, ressaltou.
Ele acrescentou que foram investidos R$ 600 mil no software, sendo R$ 200 mil da Fapeam e R$ 400 mil da própria empresa, ao longo de quatro anos. “Hoje, há 45 empresas em Manaus utilizando o sistema e todas já foram certificadas. Sem a Fapeam não teríamos conseguido. Esperamos continuar com o apoio para o desenvolvimento de outros programas para atender às demandas do Estado”, afirmou.
Para a diretora técnico-científica da Fapeam, Elisabete Brocki, o resultado é extremamente importante, pois o objetivo do Pappe, ao final de cada projeto apoiado, é poder gerar um novo produto. “É apenas o primeiro passo na área tecnológica. Acreditamos que outros produtos virão com a inserção de pesquisadores dentro das empresas”, disse. Ela ressaltou que será cada vez maior a aproximação com as empresas, por exemplo, possível por meio do Pappe Subvenção.
Brocki afirmou que a inserção das empresas nas pesquisas científicas é importante, mas, ainda há dificuldades, por exemplo, levar a cultura da inovação para o interior do Estado devido às dificuldades logísticas, porém, superáveis por meio de parcerias, como as firmadas recentemente com o IEL (Instituto Euvaldo Lodi), Sebrae, Idam (Instituto de Desenvolvimento Agropecuário do Estado do Amazonas) e outros.
Já na capital, segundo Brocki, há o desafio de lidar com o novo, isto é, o investimento público dentro das empresas, o que é possível superar por meio de conversas com os empresários. Segundo o professor da Ufam (Universidade Federal do Amazonas), Vicente Ferreira de Lucena Júnior, que fez a parte acadêmica do projeto, o intercâmbio com a empresa fluiu muito bem, uma vez que Alencar tinha a idéia e Lucena, o conhecimento de desenvolvimento de software.
“A inserção da academia na empresa foi tranquila porque, na verdade, nós fizemos a parte que a academia deveria fazer: pesquisa de novas tecnologias; identificação e levar para campo as possibilidades de uso. Juntamente com o professor Lucena, nós identificamos quais tecnologias seriam apropriadas para uso. Foi a junção do conhecimento técnico prático com o teórico”, explicou.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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