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Setor de serviços mantém recuperação no Amazonas

Setor de serviços mantém recuperação no Amazonas

O setor de serviços do Amazonas emendou seu quarto resultado positivo mensal, em agosto. Mas, ficou abaixo da média nacional e manteve fôlego limitado nas demais comparações. O terceiro mês de reabertura rendeu números superiores aos de julho, ajudando a arejar as empresas amazonenses. Mas, o medo imposto pela covid-19 e os protocolos de saúde para seu combate, inibiram a velocidade de retomada. E o que se conclui a partir dos dados da pesquisa mensal do IBGE, divulgados nesta quarta (14). 

O volume de serviços subiu 2,1% frente a julho de 2020, em performance igual à do levantamento anterior, já revisado. No confronto com agosto de 2019, a trajetória se manteve descendente (-0,6%) – embora com menos força do que 30 dias antes (-1,5%). O acumulado do ano também não conseguiu sair do vermelho (-1,8%), ao passo que o aglutinado de 12 meses mal se segurou no campo positivo (+0,9%). A média nacional só foi melhor no primeiro caso, ao pontuar +2,9%, -10%, -9% e -5,3%, respectivamente.

A alta moderada na comparação com julho fez o Estado tombar da 12ª para a 16ª posição entre as 27 unidades federativas do país. O pódio foi ocupado por Amapá (+7%), Acre (+6,2%) e Minas Gerais (+5,8%), na ordem. Na outra ponta, os piores desempenhos do país vieram de Tocantins (-5,5%), Roraima (-3,2%) e Tocantins (-2,7%).

No acumulado dos oito meses iniciais do ano, apesar de apresentar um número menos negativo do que o da sondagem anterior (-2%), o Amazonas conseguiu se manter na terceira colocação do ranking nacional. Ficou atrás apenas de Rondônia (+3,5%) – o único desempenho positivo da lista – e Mato Grosso (-1,8%) – que renovou a baixa. Em contrapartida, Alagoas (-19,6%), Bahia (-18,6%) e Piauí (-17,8%) figuraram no rodapé do ranking.

Receita nominal

Já a receita nominal dos serviços do Amazonas – que não leva em conta a inflação – teve desempenho pior entre julho e agosto (+1,3%), embora tenha conseguido reverter a queda anterior (-0,8%). O tombo foi maior no confronto com o agosto de 2019: 4,9%. O setor voltou ao campo negativo no acumulado do ano (-1,5%), mas conseguiu ficar no azul no aglutinado dos últimos 12 meses (+3,3%). Os respectivos números brasileiros do período foram: +3,5%, -10,4%, -8,2% e -3,7%.

A despeito do recuo da receita nominal na variação, o Estado subiu do 22º para o 21º lugar no ranking do IBGE. As primeiras posições foram ocupadas por Acre (+8,7%), Paraíba (+8%) e Amapá (+7,6%). Em sentido inverso, Tocantins (-2,3%), Roraima e Mato Grosso (ambos empatados com -1,8%) amargaram os piores números da lista.

Em sintonia com o novo recuo na variação acumulada dos oito meses iniciais de 2020, o Amazonas retrocedeu da segunda para a terceira colocação. Foi precedido por Rondônia (+3,4%) – novamente, a única unidade federativa do ranking a apresentar crescimento – e praticamente empatou com o Mato Grosso (-1,4%). As maiores quedas, neste cenário, se situaram em Alagoas (-18,5%), Bahia (-18,1%) e Piauí (-16,9%).

Crescimento atrativo

Por trabalhar com amostragens pequenas, o IBGE-AM não fornece dados detalhados sobre a evolução segmentada dos serviços no Amazonas. Em âmbito nacional, sabe-se que o avanço de julho para agosto foi puxado por quatro das cinco atividades pesquisadas, com destaque para os serviços prestados às famílias (+33,3%), impulsionados por restaurantes e hotéis. Embora tenha sido a maior da série histórica, a alta da atividade ficou abaixo do patamar pré-pandemia de fevereiro (-41,9%).

Outro destaque veio de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correios (+3,9%), sendo favorecida pelo armazenamento, transporte aéreo de passageiros, rodoviário de cargas e rodoviário coletivo de passageiros. Os demais avanços vieram dos serviços profissionais, administrativos e complementares (+1%) e outros serviços (+0,8%). O único resultado negativo ficou com os serviços de informação e comunicação (-1,4%). 

Restaurantes e hotéis 

Por trabalhar com amostragens pequenas, o IBGE-AM não fornece dados detalhados sobre a evolução segmentada dos serviços no Amazonas. Em âmbito nacional, sabe-se que o avanço de julho para agosto foi puxado por quatro das cinco atividades pesquisadas, com destaque para os serviços prestados às famílias (+33,3%), impulsionados por restaurantes e hotéis. Embora tenha sido a maior da série histórica, a alta da atividade ficou abaixo do patamar pré-pandemia de fevereiro (-41,9%).

Outro destaque veio de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correios (+3,9%), sendo favorecida pelo armazenamento, transporte aéreo de passageiros, rodoviário de cargas e rodoviário coletivo de passageiros. Os demais avanços vieram dos serviços profissionais, administrativos e complementares (+1%) e outros serviços (+0,8%). O único resultado negativo ficou com os serviços de informação e comunicação (-1,4%). 

Em depoimento anterior ao Jornal do Commerciol, o presidente da Abrasel-AM (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes – Seção Amazonas), Fabio Cunha, assinalou que, embora o subsetor tenha se mantido aquecido de julho a setembro, o faturamento caiu 50% na comparação com “um movimento normal”, em razão das restrições sanitárias impostas pela covid-19. A expectativa era encerrar o ano empatado com 2019, mas as novas restrições do governo estadual ao funcionamento das empresas mudou o cenário.  

Salões atraentes

Um dos segmentos que sinaliza recuperação mais acelerada no Amazonas, por outro lado, é o de embelezamento. A presidente do Sindicato dos Salões de Barbeiros, Cabelereiros, Institutos de Beleza e Similares de Manaus, Antonia Moura de Souza, informa que ainda não foi possível repor as perdas registradas nos meses mais duros da pandemia, que custaram uma redução de 10% no número de empresas no Estado, entre fechamento e fusões. Mas salienta que os índices de crescimento têm gerado muitas aberturas e “migrações” no subsetor, apesar das restrições impostas pelos protocolos anti-covid.

“Tem muita gente que tinha restaurante ou era profissional liberal e resolveu montar seu salão. Já conseguimos avançar de 30% a 40% em relação ao movimento que tínhamos nesse período mais crítico e acho que dá para chegarmos aos 80%, quando chegar o Natal. É claro que não conseguimos recuperar o que perdemos e só estamos conseguindo isso com agendamentos em horários espaçados, o que restringe um pouco a possibilidade de crescer. Mas, muitas empresas estão se adequando aos novos tempos e passaram a atender a domicílio também”, finalizou.

Marco Dassori

É repórter do Jornal do Commercio
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