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Serviços puxam empregos do AM

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Em julho o Estado do Amazonas teve 20.696 admissões contra 17.361 desligamentos. O saldo positivo de 3.335 empregos criados é o maior dos últimos 12 meses. O principal responsável pelo crescimento continua sendo o setor de serviços que dobrou o número de empregos gerados em relação a junho, chegando 1.011 empregos de saldo, com 7.986 admissões. Os dados são do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgados nesta quarta-feira (21) pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
No ano o setor de serviços já é responsável pelo crescimento de 5.324 postos de trabalho. Sendo responsável por 41,3% dos empregos criados no Estado durante o ano. Em segundo lugar temos a construção civil, com crescimento de 864 postos de trabalho em julho e o comércio se recuperando do resultado negativo de 69 empregos de junho e alcançando um crescimento de 721 postos de trabalho em julho.
Os números surpreenderam o superintendente Regional do Trabalho e Emprego no Amazonas, Dermilson Chagas, e os motivos atribuído ao crescimento foram a volta às aulas e o aquecimento da indústria civil, além da consolidação dos números de serviços. “A construção civil ainda se encontra muito aquecida, a construção da UEA e de shoppings levaram esse número a um patamar muito bom neste mês. Além disso o setor de serviços mantêm seu crescimento, se solidificando”, destaca.
Os números de empregos criados superaram em 256 os criados em junho e superam em 896 os números obtidos no primeiro semestre do ano passado. No entanto se compararmos com julho de 2011 é verificada uma redução de 1.169 postos de trabalhos criados. Dermilson Chagas destaca que os economistas ainda estão receosos com os problemas que envolvem a Zona Franca de Manaus e a alta do dólar e o segundo semestre deve ser de recuperação, mas ainda não deve atingir patamares como o de 2011. “Tivemos uma injeção de economia que foi o adiantamento do 13º salário. Além disso em setembro haverão mais investimentos na indústria, no entanto ainda há algum receio entre os economistas. Mas estamos em recuperação”, afirma.

Dados nacionais

Os dados do Amazonas são melhores se compararmos com os dados nacionais. O Brasil teve o pior resultado para o mês de julho dos últimos 10 anos e uma redução superior a 82 mil vagas se compararmos com o mês de junho. Enquanto isso no Amazonas o resultado de julho, se comparado com o mesmo mês dos outros anos, só é inferior ao de 2011, 2008 e 2004. No entanto seguindo a tendência nacional o setor de serviços foi o que mais cresceu no país, sendo responsável por mais de 25% dos empregos gerados em julho, com 11.234 empregos gerados.
O próprio Ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, admitiu que o resultado não é considerado positivo. A tendência segundo o ministro é de recuperação, tendo em vista que os números de julho se mostraram bem abaixo da média. O ministro que já havia recuado quanto às estimativas feitas no final do ano, disse que não fará novas projeções, que é preciso aguardar os dados do próximo mês para ver como a economia irá se comportar.
Região Norte
A região Norte foi a única região do país a apresentar um crescimento no número de empregos gerados, se comparados com o mês de junho. Enquanto todas as regiões do país tiveram uma diminuição superior a 50% no número de empregos gerados, a região Norte obteve um crescimento de 12,33%. Foram 7.765 de saldo positivo contra 6.457 no mês de junho. Superando inclusive as regiões Sul (-500) e Centro-Oeste (6.775)
Segundo Dermilson Chagas, essa diferença positiva para o Estado ocorre devido ao grande número de investimentos que vem sendo realizados na região. “A construção do shopping serviu para aquecer o mercado de comércio que vinha negativo, por exemplo. A região conta com algumas peculiaridades que estão trazendo grandes construções para cá. Isso ajuda a geração de empregos”, explica.

Interior

Dos 3.335 empregos gerados no Estado 3.039 foram gerados na capital Manaus, o que equivale a 91,12%. Manacapuru foi a cidade do interior do Estado com o maior crescimento, saldo de 69 empregos, seguido de Itacoatiara e Humaitá, com 53 cada. Tefé com -57 empregos foi o município com o pior desempenho, seguido Coari com -20. As outras cidades que obtiveram resultado negativo foram Maués (-6) e Manicoré (-5). Os dados mencionam apenas cidades com mais de 30 mil habitantes.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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