O departamento econômico do Grupo Santander Brasil, que reúne os bancos Santander e Real, prevê um cenário otimista para a economia brasileira em 2010. Segundo o economista Cristiano Souza, há três razões básicas para este cenário: o crédito, o mercado de trabalho e a política monetária.
“As concessões de crédito estão voltando aos patamares pré-crise tanto para pessoas físicas quanto para empresas, a inadimplência está caindo e, portanto, o mercado financeiro se mostra saudável. Com relação ao mercado de trabalho, o nível de ocupação está estável, o desemprego está em baixa e os salários continuam crescendo acima da inflação . Isso não mudará em 2010. Por fim, a perspectiva é que as taxas de juros continuem baixas no primeiro semestre, o que estimulará a economia”, afirmou Souza.
O economista lembrou que no início do ano, a falta de crédito ocasionou a redução da produção e, consequentemente, o acúmulo de estoques na indústria. “Os estoques já foram reduzidos e voltaram aos patamares de 2004 e 2005, quando a economia mostrava um crescimento mais intenso”, acrescentou.
O aumento da oferta de crédito no segundo semestre, tanto de bancos públicos quanto de privados, e os incentivos fiscais como, por exemplo, a redução do IPI, estão estimulando a indústria, o varejo e, consequentemente, o crescimento econômico. Contribui para este cenário positivo as quedas de spread e também da inadimplência.
“O consumo e os investimentos devem acelerar em 2010, com crescimento de 6% e 8% respectivamente”, observou o economista.
Com relação a política monetária, o departamento econômico do Grupo Santander Brasil, a taxa real de juros ex-ante é expansionista e não deve mudar com a inflação “bem comportada” – a expectativa é que o índice de inflação se mantenha na meta em 2010, ou seja, 4,50% (IPCA-IBGE). No entanto, a Selic poderá subir no segundo semestre, fechando o ano a 10,75%.
De acordo com Souza, a menor aversão ao risco tem levado à apreciação da taxa de câmbio este ano e o real tem se comportado como commodity currency (cerca de 23% em termos nominais contra dezembro de 2008), enquanto o dólar tem perdido força no mundo.
No âmbito da política fiscal, a deterioração fiscal não afeta a solvência da dívida, mas limita o aumento de investimentos públicos que representam apenas uma pequena parcela – cerca de 5% em 2008 e em 2009 – dos gastos totais do governo. A maior parte dos gastos correntes é com benefícios previdenciários (41,1% em 2008 e 39,8% em 2009), seguida da folha de pagamento e encargos sociais (no patamar de 26% em 2008 e 2009), de acordo com dados fornecidos pelo Tesouro Nacional.
Santander prevê cenário otimista para 2010
Redação
Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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