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Roraima pode se tornar nova fronteira agrícola

O Estado de Roraima quer plantar cana-de-açúcar para produzir etanol. Duas empresas agroindustriais, uma de São Paulo e outra de Pernambuco, preparam investimentos na região. O principal atrativo é a produção de álcool para abastecer Manaus e a exportação de etanol para a Venezuela.
Além da proximidade com mercados consumidores, o relevo e o clima favorecem a produção. A terra plana é ideal para o uso de tratores e colheitadeiras. O clima bem definido, com temporadas de chuvas e de seca, favorece a aceleração da produção. De acordo com José Alberto Montione, da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) em Roraima, o ciclo de plantio e colheita no Estado é mais rápido do que em outras regiões.
“Nós estamos aqui a dois ou três graus Norte, com uma insolação muito grande e temperaturas altas. Por causa disso, o período das culturas encurta. Temos cana que cortamos com sete ou oito meses. No Sudeste, leva entre um ano e um ano e meio”, destacou.
A meta é que a produção no Estado atinja até 3 milhões de toneladas em 2009, quando já estarão instaladas usinas para processamento da cana-de-açúcar. Até lá os produtores escolherão o tipo de cana que melhor se adapta ao clima e solo da região. A Embrapa Roraima e a Universidade Federal de Roraima analisam diversos tipos em viveiros experimentais.
A produção de álcool na Amazônia preocupa os ambientalistas. O combustível é renovável, porém o plantio da cana-de-açúcar pode estimular o desmatamento e gerar outros impactos ambientais e sociais, como a atração de mão-de-obra para empregos sazonais.
Ricardo Baitelo, da campanha do Greenpeace de energias renováveis, afirmou que a organização ambientalista defende o cultivo limitado da cana.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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