Rede de farmácias exporta experiência

A história de jovens com idade entre 16 e 30 anos, excluídos do setor produtivo pela falta da experiência exigida pelo mercado, está mudando em Porto Velho, Rondônia. A Rede Econômica de Farmácias, com dez lojas e dois laboratórios, implantou o projeto Farmácia Escola, visando à qualificação de pessoas para trabalhar no ramo e ser socialmente incluídas no mercado de trabalho.
A experiência vem dando certo, inclusive com a possibilidade de expandir-se no país. O grupo Farma 100, de São Paulo, com 65 lojas, já levou o projeto para implantar no Estado, enquanto o Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial) do Rio Grande do Norte, quer conhecê-lo, informou a coordenadora pedagógica Cristiane Farias, da cooperativa Desenvolver, criada também com o apoio do Sebrae.
A primeira turma de 64 pessoas, que passou pela experiência em Rondônia e está sendo encaminhada ao mercado de trabalho, saiu de um grupo inicial de cem selecionados pelo projeto SuperAção, desenvolvido com colaboradores do Grupo Machado, que controla a Rede Econômica.
“Eles passaram por seis meses de treinamento, divididos em duas turmas e, depois disso, passaram por aulas práticas nas drogarias que desenvolvem o projeto. Uma das fases de capacitação, a gincana do conhecimento, ocorreu no Sebrae”, informou Cristiane.
Inteiramente gratuita, a qualificação vem obtendo resultados, explicou a consultora. A mão-de-obra resultante é absorvida. A própria Rede Econômica de Farmácias os contratou, assim como a telefônica Brasil Telecom e a Floricultura Mil Flores. “O governo de Rondônia também absorve parte desse pessoal: o destaque e um outro, sorteado, foram contratados para trabalhar em farmácias de hospitais administrados pelo Estado”.
A primeira turma concluiu a qualificação em agosto e duas outras deverão ser preparadas até o fim de 2007, totalizando 200 pessoas. Os certificados de conclusão são expedidos pela Faculdade Católica de Rondônia.