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Quase R$ 2 bilhões em investimentos

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Na manhã de ontem aconteceu a 274ª, a terceira de 2018, reunião do Codam (Conselho de Desenvolvimento do Estado do Amazonas) na qual foi apreciada a pauta de investimentos no Amazonas no valor de R$ 1,994 bilhão distribuídos por 26 projetos industriais, em Manaus e em municípios do Estado, que incluem motocicletas, equipamentos para transações comerciais e televisores. A previsão é que sejam criadas 1.214 vagas no mercado de trabalho ao longo do período de até três anos, o dobro do número de empregos gerados nas duas últimas reuniões. O secretário da Fazenda, Alfredo Paes, presidindo a mesa do Conselho, comemorou ter sido essa a melhor reunião do Codam dos últimos tempos pelos números positivos apresentados.

A última reunião do Codam foi realizada em abril, quando foram aprovados 32 projetos industriais estimados em R$ 345 milhões. Os projetos diversificados aprovados incluíram a autorização para o beneficiamento de castanha da Amazônia, brinquedos e terminais comerciais.

Ao longo dos nove meses do governo Amazonino Mendes, o Codam aprovou 55 projetos industriais com investimentos estimados em R$ 4.556 bilhões, além de fortalecer o PIM (Polo Industrial de Manaus) com a diversificação da produção local, que incluiu novos nichos de negócios como o beneficiamento de café e a fabricação de equipamentos para ginástica. O grande destaque foi a aprovação de projetos voltados para as cidades do interior, que somaram recursos da ordem de R$ 22.644 milhões, como voltou a acontecer na reunião de ontem.

“Esse mês tivemos uma leve turbulência na arrecadação do ICMS ainda como resultado da greve dos rodoviários, mas a situação deve normalizar em outubro”, falou Alfredo Paes. “Posso adiantar que, como boa notícia, a Sefaz está trabalhando num modelo para tornar Tabatinga um grande pólo de fronteira que, pelo fato de ser uma ‘cidade-gêmea’ com Letícia, na Colômbia, possui legislação específica que facilita a importação e a exportação de mercadorias”, completou.

Interior com mais investimentos

Entre os projetos que se destacaram na reunião, teve o da Foxconn Moeb, estimado em R$ 29,78 milhões, para a fabricação de modulador para comunicação de dados por fibra óptica. A previsão é que sejam gerados 192 postos de trabalho. Já a Sheng Brasil apresentou proposta para fabricar carregador de celular ao custo de R$ 3,8 milhões e previsão de 51 vagas no mercado de trabalho. Ambas as empresas ficam no PIM.

Já os municípios também tiveram vários projetos aprovados. Confirmando uma tendência verificada em outras reuniões do Conselho, a expansão para as cidades do interior de novos empreendimentos é uma realidade. A Rio Preto Agroindustrial da Amazônia, com sede na cidade de Rio Preto da Eva, apresentou projeto para produzir óleo vegetal a partir do buriti que, inclusive, poderá ser utilizado na indústria de termoplásticos. Os recursos necessários para efetivar o projeto são de R$ 1,368 milhão e a previsão é gerar 16 postos de trabalho.

Ainda na região metropolitana de Manaus, veio de Iranduba o projeto para fabricação de aço, alumínio, cobre, latão e telhas metálicas, com investimento de R$ 6.320 milhões. De Manacapuru, com recursos de R$ 2 milhões, o projeto aprovado foi para beneficiamento de peixes.

Também envolvendo a piscicultura, empresa de Tonantins teve projeto autorizado pelo Codam no valor de R$ 3.711 milhões, para a produção de peixe processado. A fabricação de manteiga, requeijão e doce de leite, com investimento de R$ 2.955 milhões acontecerá em Manicoré. Humaitá abrigará uma indústria de processamento de castanha da Amazônia desidratada com capital de R$ 2.634 milhões, o mesmo valor a ser aplicado em Borba para projeto idêntico.

Appio Tolentino, superintendente da Suframa, revelou que a instituição está “mirando em empresas do exterior, buscando a abertura de novos mercados e visando atrair essas empresas para o PIM. Precisamos ampliar nosso leque de investidores em áreas como acumuladores de baterias e células fotoelétricas, por exemplo. Já estamos conversando com autoridades do Peru, da Colômbia e do Chile para vender mais para eles e comprar, também. E precisamos fortalecer a segurança jurídica da Suframa para evitar que decretos presidenciais mudem as regras do Zona Franca, como aconteceu nesse episódio recente no qual, não fosse a interferência imediata do governador, teríamos tido sérias consequências para o modelo”, adiantou.

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Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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