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QI e QE no líder

Profissionais com excelente capacidade técnica se sobressaem nas entrevistas de emprego, facultando maior chance de seleção. É uma opção seletiva muito tentadora. Afinal, quem não quer resolver seus problemas através de uma promissora contratação?
Baseando-se em tal condição, diversos pais se esforçam em oferecer as escolas mais recomendadas aos seus filhos, chegando, em alguns casos, a enviá-los ao exterior. Como resultado do esforço, o currículo reluz como lâmpada na escuridão. No entanto, em casos específicos, com o tempo, aquele que antes inspirava sucesso individual, transpira derrota coletiva. Ao ocupar cargo de chefia, embora dotado de genialidade, é fraco na lida com as pessoas, comprometendo as importantes relações sociais. E o contratante, que apostou várias fichas na aparência geral, vê-se frente ao prejuízo imposto pela realidade específica. Tal como o inseto que se lança à luz noturna, cai prostrado, entorpecido pelo brilho hipnotizador.
Não obstante, cada desenvolvimento proporcionado ao QI (quociente de inteligência) é uma atitude de frutificação imediata, por sua possível aplicabilidade presente, e também previdente, em razão de eventual uso futuro. Vale a pena, portanto, investir. É como uma poupança que permite saques a qualquer momento, desde que se tenha saldo. Porém, mesmo contando com tal rendimento, há negócios que requerem outro tipo de moeda, enfraquecendo o investidor do tipo QI. Tal desvalorização é fruto do ajuste da contemporânea gestão de pessoas, que determina boa convivência entre líder e seguidor. Relacionamento saudável, somado à adequada competência gerenciadora, é igual à produtividade e lucro. Quer calcular de forma diferente?
Então, urge, prudentemente, ter como profissional nas fileiras do front e da retaguarda organizacionais, líderes com bons níveis de QI e de QE (quociente emocional), dadas as circunstâncias impostas pelo mercado. Inteligência emocional é essencial à gestão dos colaboradores que precisam aprender e mudar constantemente. Aumento nas percentagens de produção, redução do desperdício e conseqüente prática competitiva de preços, sem falar no aperfeiçoamento constante da qualidade, são obtidos, em graus consideráveis, através do competente trabalho liderado pelo hábil comando, que ostenta as insígnias QI e QE. Ressalte-se, entretanto, que o comandante, por mais bem preparado que esteja, erra, é claro. Empaca em alguns trechos, confunde-se em outros, mas é ajudado por seus soldados, que lhes prestam respeito e admiração tanto pela sua capacidade técnica quanto pela habilidade de se relacionar e inspirar.
Na guerra pela sobrevivência econômica, vale destacar, a vitória de cada batalha está na capacidade de enxergar a mudança e agir rápida e adequadamente. Todavia, são por meio dos convenientes QI e QE que se consegue a adesão da maioria, com o necessário envolvimento.

ARMANDO CORREA DE SIQUEIRA NETO é psicólogo, diretor da Self Consultoria em Gestão de Pessoas, professor e mestre em Liderança pela Unisa Business School. E-mail: [email protected]

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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