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PSB vai indicar Marcelo Ramos para deputado estadual ou senador

Contabilizando 27 Projetos de Lei, tendo destes 4 aprovados e sancionados e mais diversas ações dentro da CMM (Câmara Municipal de Manaus) em 2009 que o isolaram como oposição ao Executivo municipal, o vereador Marcelo Ramos (PSB) inicia o 2010 trabalhando, mesmo durante o recesso parlamentar, nas suas primeiras representações e projetos a serem apresentados na volta dos trabalhos da Câmara. Em entrevista ao Jornal do Commercio, Ramos anunciou que o PSB deverá indicar, provavelmente, o seu nome como candidato a uma vaga na ALE (Assembléia Legislativa do Estado) dentro de um projeto político de oposição abrangente que pode aglutinar ainda PSDB, PV, PPS e DEM em torno da candidatura de Serafim Corrêa ao Governo do Amazonas.
O assunto mais esperado deste ano já é a eleição que vai movimentar o País inteiro. Dentro deste contexto, o vereador Marcelo Ramos iniciou o ano trabalhando e ajudando o seu partido, o PSB, a mexer as peças de um jogo que promete ser um dos mais complicados de todos os tempos. Segundo o vereador, a tendência política da oposição é que PSB, PPS, PSDB, DEM e PV se reúnam em uma chapa que terá como candidato Serafim Corrêa (PSB). Se confirmada, esta aliança vai lançar uma nova perspectiva política nacional, já que deverá se transformar em um palanque múltiplo para candidatos à Presidência da República. “Seria uma aliança ampla e democrática que apoiaria tanto o nosso candidato virtual do PSB, o Ciro Gomes, quanto o candidato do PSDB, provavelmente o José Serra e ainda Marina Silva, do PV, e os candidatos ao senado e às Câmaras federal e estadual de todos os partidos”, resumiu o vereador.
Dentre os partidários do PSB, os nomes de prováveis candidatos estão o do deputado federal Marcelo Serafim que brigaria pela reeleição, o de Elias Emanuel na disputa por uma vaga na ALE, juntamente com o vereador Marcelo Ramos. “Com a manutenção desta coligação o Serafim teria o maior tempo de TV, caso o PT apóie Alfredo Nascimento (PR) e o PCdoB coligue com o PMDB de Eduardo Braga. Ou seja, sozinho o PSB não pode enfrentar os quadros políticos que estão aí, mas com esta parceria teremos uma grande chance de vencer”, avaliou Ramos.
Para o vereador, a situação das eleições para o governo do Amazonas está se desenhando em torno das candidaturas de Omar Aziz (PMN), lançado pelo governador Eduardo Braga (PMDB); Alfredo Nascimento (PR), candidato lançado pelo presidente Lula, Serafim Corrêa (PSB), representante da oposição e Amazonino Medes (PTB). “Na minha opinião ele deve ser candidato sim”, considerou.

Amazonino pode crescer em 2010

Quanto a sua relação tumultuada com a atual administração de Manaus, o vereador Marcelo Ramos explicou que o seu trabalho é fiscalizar o andamento da máquina da prefeitura e que quando observa irregularidades, desmandos ou falta de interesse dos gestores públicos, a obrigação do parlamentar é questionar e lutar contra. “É minha obrigação cobrar a prefeitura de Manaus e trabalhar para que a população obtenha melhor qualidade de vida. O Amazonino não é meu inimigo”, disse.
Na opinião de Marcelo Ramos, se o prefeito de Manaus, Amazonino Medes, realmente não for candidato, a tendência é que ele cresça como chefe do executivo municipal. “Se ele continuar apoiando a candidatura de Alfredo Nascimento, como anunciou, ele terá mais tranqüilidade para administrar a cidade e utilizar os recursos que estão destinados a Manaus para fazer obras e melhorar muito a cidade”.

Projeto da prefeitura para o trânsito é melhor que monotrilho

Como ex-presidente do IMTT (Instituto Municipal de Trânsito e Transporte) na gestão do ex-prefeito Serafim Corrêa, Marcelo Ramos explicou que o problema do trânsito de Manaus não será resolvido com o sistema sugerido pelo governo do Amazonas, o monotrilho, orçado em aproximadamente R$ 1,3 bilhão e que pretende ligar o Terminal de Integração 4, no Jorge Teixeira, à Praça da Matriz, no Centro da cidade.
Em uma demonstração de justiça, o vereador Marcelo Ramos que faz oposição ferrenha ao governo municipal, explicou que, neste caso, concorda com a proposta da prefeitura que defendeu o sistema BRT (Bus Rapid Transit), que funciona com uma faixa exclusiva para os ônibus que trafegam apenas nestas canaletas. “Veja, a proposta da prefeitura é muito mais viável e coerente. O monotrilho vai custar mais de R$ 1 bilhão para cobrir uma área de 13 quilômetros, causando impactos ambientais e transportando um número de cidadãos aquém da demanda. O BRT gastaria cerca de R$ 600 milhões, sem nenhum impacto, atenderiam 60% a mais de usuários e percorreria uma distância de 40 quilômetros, ou seja, mais viável para a população de Manaus”, avisa o vereador.
Segundo Marcelo Ramos, a Colômbia é um exemplo de como o sistema BRT é viável. “A Colômbia resolveu o seu problema do trânsito com este sistema que é conhecido como metrô com rodas e a diferença do BRT para o Expresso, lançado pelo então prefeito de Manaus, Alfredo Nascimento, é que o expresso não apresentou uma frota ideal, manteve a circulação de ônibus nas duas vias, a dos carros e a exclusiva e, principalmente, não fez uma campanha para conscientizar a população a utilizar somente a via destinada aos carros. Se feito corretamente, o BRT é a solução ideal”, concluiu Ramos.
Para o primeiro dia de trabalho da CMM depois do recesso parlamentar, o vereador anunciou que vai apresentar o seu primeiro Projeto de Lei de 2010 que vai propor uma alternativa à TRSD (Taxa de Resíduos Sólidos Domiciliares) ou Taxa de Lixo e pretende provar a inconstitucionalidade desta cobrança à população de Manaus.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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