O Grupo CRM, controlador da fabricante de chocolates Kopenhagen, afirmou ontem em comunicado à imprensa que a transferência das suas atividades de Barueri, na Grande São Paulo, para Extrema, em Minas Gerais, já estava no cronograma de expansão da empresa desde 2007. Segundo o grupo, a mudança “tem nada tem a ver com os resultados da Páscoa 2009, tampouco com a crise econômica, mas sim com a dificuldade de ampliação do prédio atual”.
Segundo informações da prefeitura de Extrema –município na divisa de Minas com São Paulo, a 100 quilômetros da capital paulista–, a Kopenhagen ganhou o terreno onde será instalada a fábrica. Além disso, a empresa receberá de benefícios a isenção de IPTU e de ISS durante cinco anos. Em troca, a Kopenhagen financiará a construção de uma creche e de um asilo na cidade.
Rotina inalterada
No comunicado, a controladora da Kopenhagen afirmou que a rotina na fabrica paulista permanecerá inalterada e que a transferência será realizada a partir do segundo semestre. Segundo a companhia, 575 empregados trabalham na fábrica.
De acordo com o grupo CRM, uma audiência realizada nesta manhã com o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação em São Paulo teve como resultado a eleição de um comitê de conciliação para identificar os profissionais de Barueri que querem trabalhar em Extrema. Também haverá um centro de apoio à recolocação profissional para aqueles que optarem por permanecer em São Paulo.
O presidente do sindicato, Carlos Vicente de Oliveira, afirmou que os funcionários vão continuar trabalhando enquanto prosseguem as negociações. “A maioria não quer ir para Minas Gerais”, afirmou.