Além disso, a desvalorização do dólar também mexeu com as cotações. Às 14h26 (em Brasília), o barril do petróleo cru para entrega em outubro (nova referência), negociado na Nymex (Bolsa Mercantil de Nova York, na sigla em inglês), estava cotado para venda a US$ 120.55 (alta de 4,46%). Até o horário, o preço máximo atingido pelo barril chegou a US$ 122.04 e o mínimo, a US$ 115.40.
Também ganha expressão a expectativa pela reunião da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) em setembro. As previsões, no entanto, não são animadoras: o presidente da Corporação Nacional de Petróleo da Líbia, Shokri Ghanem, disse nesta semana que os preços da commodity provavelmente irão subir de novo.
Segundo ele, a Opep não deve alterar a cota oficial de produção na reunião. O ministro da Energia da Venezuela, Rafael Ramírez, por sua vez, deverá propor um corte de produção na reunião. “Se houver uma continuação do declínio no preço, deveríamos avaliar um corte de produção –é essa [a idéia] que levaremos ao encontro”, disse. O CGES (Centro de Estudos Globais para a Energia, na sigla em inglês) também avalia que a Opep impedirá que o preço do barril caia muito abaixo dos US$ 100.
A tensão entre EUA e Rússia aumentou depois de ter sido assinado um acordo em Varsóvia pela secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, e pelo ministro das Relações Exteriores da Polônia, Radek Sikorski, para a instalação de parte de um escudo de defesa antimísseis americano em território polonês.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia informou que o governo russo será “obrigado a reagir, e não apenas com medidas diplomáticas” ao acordo -que as autoridades russas dizem que vai gerar uma nova corrida armamentista na Europa.
Pelo plano, a Polônia aceita a instalação de dez mísseis interceptadores em uma antiga base militar perto da costa polonesa do mar Báltico. Em troca, os americanos se comprometem a ajudar o país a melhorar suas forças armadas, além de remanejar para a Polônia mísseis tipo Patriot e militares americanos, com o objetivo de reforçar as defesas aéreas polonesas.
“Os vendedores estão se retirando agora”, disse à agência de notícias Associated Press o presidente da consultoria Ritterbusch and Associates, Jim Ritterbusch. “Se a atividade militar esquentar de novo, os fluxos nos oleodutos para a Europa podem ser interrompidos e isso afetaria igualmente os EUA”.
A desvalorização do dólar frente ao euro também influenciou a alta de ontem: a moeda européia subiu no mercado de Frankfurt e fechou a US$ 1.4888, frente ao US$ 1.4687 da quarta-feira.
Preço do barril sobe a US$ 122 com tensão entre Estados Unidos e Rússia
Redação
Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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