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Preço despenca e usinas suspendem venda à vista

Com o preço do álcool próximo do custo de produção, as destilarias suspenderam as vendas no mercado spot (à vista) do combustível e, em plena safra de cana, apenas cumprem os contratos já feitos.
Paralelamente, as unidades ampliaram a capacidade de armazenamento de álcool para chegar com o maior volume possível de estoque até a entressafra, quando conseguem comercializar o álcool a preços mais altos.
Há mais de dois meses, o litro do anidro varia, nas usinas paulistas, entre R$ 0,66 e R$ 0,70 e o do hidratado entre R$ 0 58 e R$ 0,60, de acordo com o levantamento feito pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) da Esalq/USP (Escola Superior de Agricultura/Universidade de São Paulo) Luiz de Queiroz.
Tarcilo Ricardo Rodrigues, diretor-presidente da Bioagência, corretora que negocia 1,4 bilhão de litros de álcool de 15 unidades produtoras, confirmou à Agência Estado que está fora do mercado spot e que suas associadas seguem apenas cumprindo os acordos comerciais já feitos, que correspondem de 30% a 40% do volume.
“Estamos fora do mercado por opção e seguimos com exportações e ampliação de tancagem. Mas tem usina vendendo, senão o preço iria subir”, afirmou Rodrigues.
Para o consultor Luiz Carlos Corrêa Carvalho, da Canaplan, o fato de algumas unidades precisarem de liquidez justifica o atual preço do álcool, pois são elas que ainda comercializam um maior volume no mercado spot. “Algumas outras estão mais capitalizadas e conseguem esperar a entressafra para se desfazerem de seus estoques”, disse Carvalho, que aposta numa reação lenta do preço do combustível nas destilarias entre agosto e novembro.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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