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PIM tem panorâmaica positiva

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Após quatro meses sem divulgar os dados de desempenho das indústrias incentivadas, a Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus) publicou os Indicadores do PIM (Polo Industrial de Manaus). O documento acumula os números relativos aos quatro meses até abril de 2018. Em março, a Suframa divulgara os dados referentes ao mês de janeiro deste ano e, desde lá, só agora os atualizou. De modo geral, pode-se afirmar que o PIM está se recuperando, apesar do baixo impacto na contratação de pessoal.

O comparativo do desempenho entre o acumulado até abril de 2018 com o mesmo período do ano passado revela dados positivos nos principais indicadores conectados à indústria incentivada de Manaus, como bem confirma a aquisição de insumos, a qual passou de US$ 3.62 bilhões em 2017, para US$ 4.74 bilhões neste ano, registrando expansão superior a 30%. Esse fato oferece a percepção de aquecimento na atividade industrial. As importações do PIM cresceram de US$ 2.24 bilhões, nos quatro primeiros meses do ano passado, para US$ 3.12 bilhões neste ano, com crescimento de 39%. As exportações também obtiveram expansão de dois dígitos, ultrapassando a casa dos 20% no período sob análise, quando atingiu US$ 168 milhões, em face dos US$ 139 milhões no mesmo período do exercício anterior.
Indicador mais visado, a expansão do faturamento no primeiro quadrimestre deste ano está, também, na casa dos dois dígitos e passou de US$ 7.91 bilhões, para US$ 9.13 bilhões, marcando crescimento superior a 15%, aferido pela moeda norte-americana.

No que diz respeito ao desempenho dos investimentos produtivos efetivados pelas organizações com operações fabris no Polo Industrial de Manaus, embora esse indicador esteja na casa de apenas um dígito, sua performance é positiva. A média, em 2017, foi de US$ 9.02 bilhões, enquanto em 2018, conforme os Indicadores de abril, chegou a US$ 9.44 bilhões, superando a marca dos 4%, até abril.
Ainda sobre os investimentos no PIM, o setor de eletroeletrônicos mantém a dianteira com média de US$ 2.67 bilhões, em 2018, ante US$ 2.53 bilhões no ano anterior, apresentando expansão superior a 5%. O segmento seguinte é o de termoplástico, cujas alocações passaram de US$ 1.50 bilhão, em 2017, para a média de US$ 1.60 bilhão neste ano, registrando expansão superior a 6%.

Os investimentos no segmento de duas rodas, terceiro maior do PIM, caíram de US$ 1.59 bilhão, em 2017, para US$ 1.54 bilhão neste exercício, registrando baixa de 3,15%. Mesmo assim, o setor está entre aqueles que ampliaram a produção de bens, ao montar mais de 350 mil unidades, até abril deste ano, e faturar US$ 306 milhões, contra os US$ 269 milhões no mesmo período de 2017. A expansão das vendas chegou a quase 14%.

Em 2018, também houve expansão dos dispêndios das indústrias com salários, encargos e benefícios (SEB). Assim, da média mensal de US$ 135.79 milhões em 2017, as organizações chegaram US$ 136.39 milhões, conforme os dados de abril. Esse volume teve incremento de 0,44% na comparação com o ano anterior.

A média de colaboradores com vínculo formal no Polo Industrial passou de 78.900, em 2017, para 79.505 neste ano, com expansão 0,77%. No entanto, a média dos dispêndios com SEB teve uma ligeira baixa de 0,32%, ao passar de US$ 1,721.10, no ano passado, para US$ 1,715.55, neste exercício.

A recuperação do PIM está em andamento, mas a conjuntura política consegue atrapalhar a atividade da economia, também dependente de fatores externos, como a guerra comercial movida pelos Estados Unidos contra parceiros e aliados. Deve sobrar para as bandas daqui, também.

*é jornalista

Eustáquio Libório

Jornalista
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