A ideia da pesquisa intitulada: “Sistema de Informação Geográfica Aplicado no Manejo Florestal de Unidades de Conservação” é contribuir para a criação de um banco de dados geográfico contendo informações sobre essas comunidades, para que seja possível ajudar na tomada de decisão de políticas públicas.
O mapeamento das 28 áreas destinadas ao manejo florestal comunitário parte da identificação dos setores que mais pressionam o recurso florestal e deve fazer parte do trabalho de doutorado a ser desenvolvido pela Mestre em Geografia Marilene Alves da Silva, que é vinculada ao Ifam (Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Amazonas).
A pesquisadora apresentará os dados da pesquisa em Curitiba (PR), no mês de outubro, no 9º Seminário de Atualização em Sensoriamento Remoto e Sistema de Informações Geográficas Aplicadas à Engenharia Florestal, com a ajuda da Fapeam (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas), por meio do Pape (Programa de Apoio à Participação em Eventos Científicos e Tecnológicos).
Tecnologia SIG
“O projeto de pesquisa consiste em demonstrar o emprego do SIG (Sistema de Informação Geográfica) como uma ferramenta extremamente importante e essencial para o monitoramento e manejo florestal em Unidades de Conservação, pois o mesmo possibilita o gerenciamento de informações e suas respectivas análises geográficas com alto nível de precisão e confiabilidade”, explicou a pesquisadora.
Segundo Silva, a pouca aplicação da geotecnologia e sua inconstante atualização foram consideradas um dos grande desafio quanto à capacitação técnica em manipular os aplicativos do SIG, um sistema que requer técnicas computacionais sofisticadas e profissionais especializados.
“Para alcançar os resultados, foram realizados treinamentos em instituições de ensino e pesquisa, como o Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Amazonas – Campus Zona Leste, Universidade Federal do Amazonas e o Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, localizado no Estado do Amazonas, na região do Médio Solimões, a cerca de 600 quilômetros a oeste de Manaus.
Dentre os procedimentos utilizados na pesquisa, Silva destaca a aplicação do SIG na Unidade de Conservação Mamirauá. Ela explicou que por meio de estudos, tanto biológicos, quanto socioeconômicos realizados sobre a exploração de madeira, foi possível chegar a resultados importantes.
“O mapeamento das áreas de manejo florestal foram digitalizados em um software com base no mosaico de imagens de satélite sensor TM (Thematic Mapper) do Landsat-5 da área da reserva, o trabalho permitiu a realização dos levantamentos de coordenadas geográficas por meio do Sistema de Posicionamento Global (GPS) em áreas de uso florestal”, afirmou Silva.