O ministro da Aquicultura e Pesca, Altemir Gregolin, informou durante o 3º Simpósio Amazônia, realizado na semana passada, que está discutindo no âmbito do ministério uma forma de incentivar a piscicultura na Amazônia no lugar da criação de gado para reduzir o desmatamento.
Ele afirma que a criação de peixes é mais rentável do que a de gado, e que há ainda um mercado inexplorado: em 2008, 16% do pescado consumido no Brasil foi importado.
Gregolin destacou que no Brasil existem 750 mil pescadores artesanais e que grande parte está na Amazônia. “A atividade não necessita de grandes extensões de terra e é forte em geração de emprego e renda”, destacou.
O ministro observou que a criação de gado na região é associada a 75% do desflorestamento. O professor da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), Carlos Eduardo Frickmann Young, salientou que um boi na Amazônia significa menos 1,5 hectare de floresta.
Já o representante da Embrapa/Pará, Alfredo Homma, observou que o Brasil precisa reflorestar mais e sugeriu a redução dos 51 milhões de hectares de pastagem na região.
O diretor geral da FAS (Fundação Amazonas Sustentável), Virgílio Viana, afirmou que 20% das emissões de gases do efeito estufa vêm do segmento florestal. Em sua opinião, o desafio é reduzir o desmatamento melhorando a qualidade de vida da população. Ele defende a remuneração dos créditos de carbono pelo estoque de floresta e pelo não desmatamento.
Pesca na região poderia reduzir índice de desmatamento, argumenta ministro
Redação
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