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Parlamentares repetem “script” e aprovam

Mesmo depois de a crise do setor aéreo ter levantado questionamentos sobre o processo de escolha de dirigentes de órgãos públicos, o procedimento de aprovação dos nomes pelo Senado não mudou. Ontem, o indicado do governo para ocupar a diretoria-geral do Dnit (Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes), Luiz Antônio Pagot, foi aprovado pela Comissão de Infra-Estrutura em uma sessão de muitos elogios e poucos questionamentos em relação às suas habilitações técnicas ou denúncias sobre sua conduta.
Pagot foi aprovado por 17 votos a favor e 6 contra, mas ainda haverá votação no plenário. Ele não terá estabilidade no cargo.
O Dnit, braço do Ministério dos Transportes, tem orçamento de cerca de R$ 8 bilhões neste ano. Considerando os restos a pagar do ano passado, gerenciará quase R$ 12 bilhões.
Dos 23 senadores que compõem a comissão, apenas Mário Couto (PSDB-PA), suplente, fez críticas e questionamentos diretos a Pagot. O senador Eliseu Resende (DEM-MG) fez um alerta geral sobre a necessidade de se exigir qualificações dos indicados. Os demais fizeram elogios, perguntas genéricas e até pedidos de obras.
Logo que Pagot terminou sua exposição inicial –e antes das perguntas–, o líder do governo no Senado, o peemedebista Romero Jucá, sugeriu que a votação começasse. O presidente da comissão, Marconi Perillo (PSDB-GO) negou mas depois acabou autorizando a prática. “Só tenho ouvido elogios ao doutor Pagot. É um homem correto, tocador de obras”, disse o senador João Ribeiro (PR-TO). Delcídio Amaral (PT-MS) reforçou: “Descobri uma outra virtude em você Pagot: a paciência. Você nada teme e nada deve, fez um excelente trabalho em Mato Grosso”, disse. Pagot foi secretário de Infra-Estrutura do Estado. Depois da sabatina, Ribeiro e Amaral disseram que conheciam o currículo do indicado e suas respostas às denúncias.

Sem mudanças

Muitos elogios e poucos questionamentos

Aprovação foi por 17 votos a favor e 6 contra

Indicado não terá estabilidade no cargo

A crítica feita a Pagot por Mário Couto foi em relação ao fato de ter omitido que trabalhou no Senado entre os anos de 1995 e 2002, enquanto trabalhava em empresa privada. O acúmulo de funções seria ilegal. “É preciso mais cuidado com as indicações, para que mais tarde o país não passe pelo que está passando. O arguido cometeu uma irregularidade”, afirmou.
Em sua resposta, Luiz Antônio Pagot disse que informou ao Senado que trabalhava em uma empresa privada.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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