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Para o desenvolvimento humano crescer mais

A evolução da sociedade brasileira em duas décadas, de 1991 a 2010, impressiona. A divulgação do IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal), elaborado pelo Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), em conjunto com o Ipea (Instituto de Pesquisa de Economia Aplicada), do governo federal, e Fundação João Pinheiro, serve como mais uma oportunidade de reflexão sobre o que fazer para a trajetória de melhoria da qualidade do desenvolvimento não ser interrompida.
O fato de o país já estar envolvido no clima de disputa eleitoral com vistas à sucessão da presidente Dilma Rousseff concede às estatísticas até uma importância maior. Mesmo que elas não considerem o período do atual governo, em que um modelo de expansão econômica lastreado no consumo chegou ao esgotamento, com a redução do ritmo de expansão, mudança de patamar da inflação e desequilíbrio nas contas externas. Até por isso se justifica o debate.
Com algumas diferenças metodológicas, o IDHM segue o índice de desenvolvimento humano global (IDH) ao acompanhar três áreas: a longevidade/expectativa de vida ao nascer, evolução da renda e a educação.
Nas duas décadas pesquisadas, o IDHM do país subiu 47,5%, de 0,4930 para 0,7270 (quanto mais próximo de um, melhor). O Brasil deixou o patamar classificado de “muito baixo” para “alto”. Em 1991, 85,8% dos municípios estavam no grupo dos mais mal avaliados, posição em que, em 2010, se encontravam apenas 0,57% das cidades.
É preciso manter a tendência de alta no IDHM global. Para isso é crucial manter a economia estabilizada, com a inflação sob controle, sob o risco de os avanços na renda dos mais pobres serem pulverizados. Outro campo estratégico é o da Educação, onde os progressos foram, em boa medida, quantitativos, com a quase universalização da matrícula no ciclo fundamental. Já há algum tempo, trava-se a batalha decisiva da melhoria da qualidade do ensino —por sinal, não contemplada como precisa ser no cálculo do IDHM.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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