11 de dezembro de 2024

Países precisam resolver desequilíbrios comerciais

A expectativa entre analistas e investidores é que o FED corte sua taxa de juros, depois de mantê-la no atual patamar, para o qual foi elevada em julho de 2006.

Os Estados Unidos e outros países precisam trabalhar em conjunto para corrigir os desequilíbrios no comércio e nos investimentos mundiais, de modo a promover a estabilidade econômica no mundo todo, disse o presidente do FED (Federal Reserve, o BC americano), Ben Bernanke.
Segundo ele, os “desequilíbrios globais” ocorrem quando países como os EUA enfrentam déficits comerciais crescentes, enquanto outros países, como a China e países exportadores de petróleo, acumulam grandes superávits em suas balanças comerciais.
“Sinais de progresso” para a solução dessas disparidades “têm aparecido, mas a maioria dos países apenas começou a adotar as mudanças políticas necessárias”, disse Bernanke, em um evento em Berlim.
O presidente do banco não deu nenhuma indicação de qual poderá ser o rumo que a taxa básica de juros (a dos fundos federais, principal da política monetária americana) do Fed poderá tomar na próxima semana, quando o Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto, na sigla em inglês, equivalente ao Copom no Brasil) se reunirá para decidir se irá mexer na atual taxa, de 5,25% ao ano.
A expectativa entre analistas e investidores é que o Fed corte sua taxa de juros, depois de mantê-la no atual patamar, para o qual foi elevada em julho de 2006. Anteontem, o presidente do Fed de Nova York (uma das 12 divisões regionais do BC americano), Frederic Mishkin, disse que o Fed está “disposto a atuar” para evitar que a atual crise financeira detenha o crescimento econômico do país. A atual crise foi provocada pelo crescimento da inadimplência das hipotecas de risco, que afetaram um mercado imobiliário que já estava em declínio.
Também anteontem, a presidente do Federal Reserve de San Francisco, Janet Yellen, disse que os riscos de um declínio para a economia americana tiveram um claro crescimento com a recente turbulência nos mercados financeiros mundiais, mas as implicações para a política monetária dos EUA permanecem “incertos”.
“Embora eu ache que a atual situação financeira tenha pesado muito sobre os riscos de declínio sobre a atividade econômica, temos de lembrar que as condições podem mudar rapidamente para melhor ou para pior -especialmente nos mercados financeiros-, então é difícil no momento falar com muita confiança sobre desenvolvimentos econômicos futuros”, disse Yellen.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.

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