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Novas mudas podem aumentar em 600% produção de guaraná

A Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) lança edital para selecionar produtores interessados na oferta de material para produção e comercialização de novas variações em mudas de guaraná. A novidade, segundo pesquisadores da empresa, apresenta alta produtividade e pode chegar a um volume 600% maior do que o atual produzido em todo o Amazonas.
Com previsão ainda para 2013, a plantação das duas novas cultivares de guaranazeiro (BRS Saterê e BRS Marabitana) integra um programa desenvolvido pela Embrapa desde 2011, quando quatro cultivares foram lançadas.
De acordo com o pesquisador, André Atroch, a maior das vantagens deve-se a lucratividade em níveis produtivos. “As variações de sementes secas por planta ao ano ficam entre 1 kg e 1,5 kg, o que impulsiona os lucros para até seis vezes mais do que o gerado atualmente”, comenta. Além disso, a medida permite o aumento do fruto em áreas menores de plantio, evitando o desgaste da floresta e o desmatamento.
O Presidente da Embrapa Maurício Lopes explica que essas sementes de guaraná são idéias para o plantio comercial e que a pesquisa para que se chegasse aos modelos atuais levou mais de dez anos entre ensaios preliminares e em rede estadual –para avaliar as regiões ideais para as plantações.
As cultivares BRS Saterê e BRS Marabitana têm como principal característica a alta produção, variando de 1 kg a 1,5 kg de sementes secas por planta ao ano, o que representa uma produtividade de 400 kg/ha a 600 kg/ha de sementes secas, 500% a 600% maior do que a produtividade atual obtida no Amazonas. Dessa forma, permitem aumentar a produção sem ocupar grandes áreas de plantio, evitando desmatamentos.
Nas avaliações, ambas cultivares BRS Saterê e BRS Marabitana apresentaram resistência estável à Antracnose, resistência completa à hipertrofia da gema vegetativa e galha do tronco e suscetibilidade a hipertrofia da gema floral. As plantas foram avaliadas no campo, no município de Maués, por ser uma região com grande ocorrência do fungo.

Os impasses da produção estadual

Segundo Atroch, a doença antracnose é um dos principais problemas para a baixa produção de guaranazeiros no Amazonas. Causada por um fungo, as novas mudas são mais resistentes e dispensam o uso de fungicidas para o combate. As plantas foram avaliadas no campo, no município de Maués, por ser uma região com grande ocorrência do fungo.
“A estratégia de lançar novas cultivares é uma forma de controlar as perdas e aumentar a diversidade genética dos plantios para que uma barreira seja criada contra a doença que mais afeta a produção amazonense”, destaca o especialista.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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