19 de setembro de 2024

Mulheres trabalham três vezes mais, diz IBGE

Não somente as crianças dependem das mulheres (no caso mães), mas também grande parte dos idosos, dando origem, no século 21, a chamada “tripla jornada”.

O crescimento da participação das mulheres no mercado de trabalho reproduz a “dupla jornada’, quando elas dividem a vida profissional com o cuidado de afazeres domésticos. Mas a carga não pára por aí.
Segundo dados da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), divulgados nesta sexta-feira, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), de 2001 e 2005, não somente as crianças dependem das mulheres (no caso mães), mas também grande parte dos idosos, dando origem, no século 21, a chamada “tripla jornada’.
De acordo com o levantamento, o cuidado com os idosos se constitui em uma atividade feminina e, à medida que a idade avança, a atenção com eles também aumenta. O IBGE disse que a “tripla jornada’ é gerada por mudanças significativas na distribuição do tempo das mulheres com o cuidado pessoal e o lazer, além da absorção das horas com o mercado de trabalho e atenção com a família.
O levantamento disse que a crescente participação feminina no mercado de trabalho não isentou as mulheres nem reduziu a jornada delas com os afazeres domésticos. A carga semanal delas supera a dos homens em quase cinco horas.
O estudo também afirmou que há desvantagem em relação às mulheres não apenas com as horas de trabalho, mas também com a dificuldade de conciliar suas atividades profissionais e familiares. A baixa oferta de aparato social como creches, dificulta mais a participação delas em ambientes profissionais.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.

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