Neste sábado foi comemorado o Dia Internacional da Mulher e elas, a se julgar pelos números anunciados por pesquisas sobre o mercado de trabalho, têm muito a comemorar. A comemoração também poderia começar por celebrar a redução do machismo na sociedade brasileira, onde as uniões entre mulheres mais velhas com homens mais jovens aumentou.
A melhoria no padrão de vida das mulheres, uma vez que sua participação no mercado de trabalho vem se ampliando no decorrer das últimas décadas, também lhes trouxe maiores encargos não só quanto a conquistar melhores posições no campo profissional, assim como na vida pessoal.
Na questão da união com homens mais jovens, estudo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) publicado na última sexta-feira e aferido no ano de 2006, dá conta de que houve um crescimento de 36%, quando o quadro comparativo se refere ao ano de 1996.
No que diz respeito às posições de liderança das mulheres nas organizações, o estudo “Melhores Empresas para Trabalhar – Brasil”, elaborado pela consultoria internacional Great Place to Work informa que as mulheres tinham participação de 44% na força de trabalho das cem melhores empresas brasileiras para se trabalhar no Brasil, no exercício de 2007. Daquele contingente, 32% estavam em posições de liderança. No comparativo com ano de 1997, houve um crescimento substancial, uma vez que naquele ano este universo era de 11% nos cargos de liderança.
Ao mesmo tempo em que os estudos apontam as mulheres como portadoras de maior escolaridade na comparação com os homens, há situações muito distorcidas a deixar claro que a evolução de alguns indicadores ainda têm muito a melhorar no sentido de reduzir as desigualdades entre os gêneros quanto à renda.
De maneira geral, as mulheres, conforme o IBGE, ganham 70% do que é pago aos homens que ocupam cargos análogos. Porém, quando a pesquisa investiga a situação da idade e a compara com os rendimentos do casal, as distorções crescem. Por exemplo, se o homem é o chefe da família, as mulheres recebem em média cerca de 33% do rendimento do homem. Em outras palavras, a renda destas últimas se reduz à quase metade quando a comparação é a média do universo pesquisado.
Uma informação contida no estudo do IBGE chama atenção. São os casos nos quais a mulher tem 30 ou mais anos de diferença que seu cônjuge e a renda deste representa apenas 25% do rendimento da mulher.
O quadro com a posição atual da mulher na sociedade brasileira dá indicações de que está havendo muitas mudanças a favor do sexo feminino no aspecto das conquistas sociais e econômicas, mesmo assim, há situações merecendo maior atenção não só das autoridades, mas até da própria mulher, como aquelas a envolver violência contra esta, na maior parte das vezes praticada por alguém da própria família.
Neste aspecto, a Lei Maria da Penha trouxe inovação ao determinar que, após a queixa, a vítima de violência já não pode voltar atrás e retirá-la, como acontecia até bem recentemente. Agora, a vara especializada leva o processo adiante e o infrator deve ser punido com mais frequência.
Mulher ganha espaço na sociedade
Redação
Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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