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Muito além dos portos

A sanção da Lei dos Portos pela presidente Dilma Rousseff permitirá o combate mais eficaz a um dos mais notórios problemas de logística do país. Mas, se outros obstáculos ao transporte, armazenagem e distribuição de mercadorias não forem combatidos de maneira semelhante, a economia continuará sendo onerada pelas ineficiências de infraestrutura e nossas exportações continuarão perdendo competitividade.
As novas regras para o sistema portuário, que estimulam a competição e os investimentos em modernização e aumento de capacidade, poderão propiciar uma melhora expressiva do desempenho dos portos, por onde passam 95% dos bens exportados pelo Brasil.
Parte dos ganhos obtidos com isso, porém, pode ser perdida se não se assegurar aos produtores rotas adequadas para que sua produção chegue aos portos mais depressa e a menor custo e, sobretudo, se não lhes for garantida a opção de escolha do complexo portuário por onde escoarão sua produção.
Isso exige, além de portos mais eficientes, mais e melhores rodovias e ferrovias, como planeja o governo. Mas é preciso também que o país conte com mais armazéns e silos – não apenas nos complexos portuários, como imaginam alguns membros do governo, mas em diferentes pontos, para que os produtores não sejam compelidos a transformar os caminhões em armazéns ambulantes, como tem ocorrido nos últimos anos, nos picos da safra de soja, por falta de condições de armazenagem, com um custo elevado para todos.
Alguns portos, sobretudo das regiões Sul e Sudeste são sobrecarregados em determinadas épocas do ano, com a chegada quase simultânea de grande número de caminhões carregados com soja destinada ao mercado externo, enquanto outros registram capacidade ociosa no mesmo período.
Isso ocorre porque os produtores não dispõem de meios de transporte adequados para fazer seus produtos chegarem aos portos pouco utilizados.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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