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Microempresários lucram com vendas em repartições públicas

Mudar radicalmente de ocupação profissional pode ser a solução para a estabilidade financeira. Foi o que fez a ex-assessora parlamentar Paula Lima, que hoje ganha dinheiro vendendo bolos, tortas e salgados em fóruns e repartições públicas de Manaus. Como ela, centenas de outras pessoas optaram por este caminho e abandonaram a carreira profissional por uma alternativa mais rentável. Paula, por exemplo, chega a faturar até R$ 5 mil por mês.
A empresária conta que o negócio começou há um ano e meio, quando ela perdeu o emprego no gabinete de um deputado da Assembléia Legislativa do Estado. Sem renda, ela ouviu os conselhos da mãe, que já havia trabalhado no ramo de vendas de alimento, e começou a produzir guloseimas para comercializar. “No princípio, minha mãe me ajudou bastante. Foi ela quem me ensinou a fazer os bolos e os salgados. E também foi ela quem comprou materiais para uma semana”, explicou.
Todos os dias, Paula prepara 100 unidades dos produtos, entre bolos, salgados e tortas geladas, em sua própria casa, no bairro Japiim. A variedade é um dos pontos altos do negócio. Ela disse que costuma vender bolos de macaxeira, milho e outros sabores regionais. Já as tortas mais procuradas são as de morango, abacaxi e chocolate.

Preços acessíveis

Cada fatia de bolo e salgado custa R$ 5, e as tortas são vendidas por R$ 6. Ela garantiu que vende todas as unidades no dia, lhe proporcionando um lucro líquido de R$ 300 a R$ 400.
“É com esse dinheiro que pago as minhas contas e a prestação do carro. Cerca de 30% do que faturo eu invisto em material, e ainda pago um financiamento de dois anos que fiz com a Afeam (Agência de Fomento do Estado do Amazonas) para comprar o forno e a batedeira industrial que utilizo”, contou.

Preparos e cuidados

Parte dos produtos é preparada nas primeiras horas da manhã, e a outra é feita no dia anterior. Paula explicou que conta com a ajuda de uma irmã na confecção e de um rapaz contratado para carregar o material durante a venda.

Consumo é específico

Outro segredo para o sucesso do negócio é o público-alvo. Paula explicou que vende seus produtos em repartições públicas e fóruns do judiciário, além de algumas empresas da cidade.
O fórum Henoch Reis, em Adrianópolis, é onde a empresária encontra a maior concentração de clientes, mas ela também vende nas diversas secretarias do município e do estado e na Câmara dos Vereadores. O boca-a-boca foi a principal estratégia de divulgação, segundo ela.
“Contei muito com a ajuda de amigos que trabalhavam nesses órgãos. Eles divulgavam meus produtos entre os outros funcionários e assim fui consolidando uma clientela. Percorro esses locais todos os dias no meu próprio carro, e acabo conhecendo muita gente”, disse.
Ela contou ainda que esse público precisa de muita atenção e paciência. “Chegar no local todos os dias sorrindo e dando ‘bom dia’ ajuda a cativar a clientela. Isso faz a diferença”, disse. Ela faz encomendas de doces, bolos e salgados para casamentos e aniversários. Seus números são 8182-3137 e 3613-2612.

Professora vira vendedora

Dona Maria Ildes da Costa também optou por trabalhar com esse público. Há quatro anos, ela abandonou a vaga de professora em uma escola particular, e com o dinheiro da indenização comprou o material para fazer balas de chocolate, que hoje são vendidas nas sedes da prefeitura e do governo do estado (ambos na Compensa). Maria contou que fatura todo mês aproximadamente R$ 2 mil, e que o salário paga todas as dívidas da casa.

Dinheiro na certa

“É com ele que compro comida, pago a escola do meu filho e as contas da casa. Minhas balinhas são sucesso por aqui, e futuramente pretendo dar entrada em um carro para começar a vender em outros locais”, disse.

Produtos conhecidos

As balas da dona Ildes, como são conhecidas pelo público, possuem recheio de morango, côco, castanha-do-Pará e cupuaçu. Cada uma sai pelo valor de R$ 2, e até podem ser pagas no final do mês, segundo a empresár

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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